10 ago, 2023 - 04:18
O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, foi assassinado com três tiros na cabeça.
Jornalista de 59 anos, Villavicencioera defensor de causas indígenas e trabalhistas.
O ministro do Interior, Juan Zapata, garantiu que o ataque foi realizado por assassinos contratados que também feriram outras pessoas.
Até ao momento, as autoridades não forneceram mais pormenores sobre o incidente, que ocorreu ao final da tarde de quarta-feira, no exterior do local onde Villavicencio se reunira com apoiantes no âmbito da campanha eleitoral para as eleições de 20 de agosto.
Villavicencio, identificado como um crítico do ex-Presidente Rafael Correa (2007-2017), deslocava-se com proteção policial face às ameaças que recebera semanas antes.
Segundo a imprensa local, agentes especiais estavam a investigar a possibilidade de um artefacto explosivo ter sido colocado no local onde o candidato realizava o evento de campanha.
O homicídio de Villavicencio ocorre numa altura em que o país está a sofrer uma escalada de violência devido às ações do crime organizado.
Todos os dias há múltiplas notícias de homicídios, extorsões, ataques com explosivos, entre outros crimes, que têm semeado o terror entre os equatorianos há mais de dois anos.
O Equador fechou 2022 com a maior taxa de mortes violentas da história, registando 25,32 por 100.000 habitantes, a grande maioria associada, segundo o Governo, ao crime organizado e ao tráfico de droga, que ganhou força na costa e transformou os portos em pontos de saída para a cocaína que chega à Europa e à América do Norte.
A luta contra a criminalidade é uma das principais promessas dos candidatos que aspiram a suceder ao conservador Guillermo Lasso como Presidente nas eleições gerais extraordinárias marcadas para domingo.
Para além de Villavicencio, são candidatos às eleições presidenciais o ambientalista Yaku Pérez, a antiga deputada Luisa González, o especialista em segurança Jan Topic, o ex-vice-Presidente Otto Sonnenholzner, o político Daniel Hervas, o empresário Daniel Noboa e o independente Bolívar Armijos.