16 ago, 2023 - 18:59 • Filipa Ribeiro
Perante a ausência de reposta do Ministério da Educação, a Federação Nacional da Educação (FNE) planeou já várias iniciativas e ações de luta para os primeiros três meses do próximo ano letivo 2023/2024, setembro, outubro e novembro.
À Renascença, o secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, indica que “já para a primeira semana de aulas, a partir do dia 18 de setembro, está prevista uma greve ao sobre trabalho e à componente não letiva para além da grande greve nacional prevista para o dia 6 de outubro”.
A primeira ação está marcada para dia 8 de setembro, com a inauguração do "itinerário IP 6623", ou seja, uma “alusão para recorda o Governo para aquilo que foram as promessas feitas há cinco anos“, diz Pedro Barreiros.
"Na altura, o Governo disse que ou havia dinheiro para a construção do IP3 ou para a contabilização do tempo de serviço dos professores”, recorda o sindicalista. Vão ser ainda distribuídas faixas por todas as escolas em forma de protesto.
Pedro Barreiros indica que a bola está do lado do executivo. “Ou o Governo mostra efetivamente capacidade negocial ou se as coisas se mantiverem como no ano passado e como estão atualmente, com ausência total de respostas por parte do Ministério da Educação vamos ter um ano mais duro do ponto de vista da contestação e luta”, avisa o secretário-geral da FNE.
A FNE fala ainda em vários pontos que estão pendentes na discussão entre Governo e professores. O ponto-chave de acordo com Pedro Barreiros continua a ser a recuperação do tempo de serviço, a questão da mobilidade por doença, a questão da violência e indisciplina nas escolas e a ausência de medidas para o combater, entre outras.