22 ago, 2023 - 10:09 • Redação
O presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, manifesta revolta com a recorrente falta de macas que impede a transferência de doentes entre hospitais.
Sem querer comentar o caso que levou à morte de um doente de 94 anos com fratura no colo do fémur, António Nunes lamenta a fatalidade e explica a revolta dos bombeiros com a inoperância do hospital.
“Nós temos sempre de lamentar quando qualquer cidadão morre num acidente ou em casa, e muito mais quando estará numa unidade hospitalar. Os bombeiros sentem-se muito revoltados com essa situação porque quando as ambulâncias ficam paradas à porta do hospital, mesmo que haja uma ocorrência na área de influência de outra unidade hospitalar, nós não podemos ir porque não temos maca”, lamenta.
O presidente da Liga dos Bombeiros denuncia que ontem o tempo de espera por uma ambulância atingiu as duas horas, devido à retenção de ambulâncias nos hospitais.
“Somos nós que vamos a casa do doente, que vamos ao local do acidente e naturalmente que depois somos interrogados porque é que demoramos uma hora, uma hora e meia, duas horas. É que nós estamos a falar de um doente que estava dentro do hospital, mas não estamos a falar das dezenas de doentes que tiveram mais de uma hora e meia à espera, ontem, de ambulância”, remata.
A revolta da Liga dos Bombeiros vem na sequência do caso de um homem de 94 anos que terá morrido no corredor da urgência do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, depois de, alegadamente, ter estado pelo menos seis horas à espera para ser transferido para o hospital de Santa Maria em Lisboa. De acordo com a RTP, os bombeiros de Camarate disponibilizaram-se para realizar a transferência do doente e o próprio hospital terá impedido.
A Renascença está a tentar obter esclarecimentos da unidade hospitalar e dos bombeiros de Camarate, até ao momento sem sucesso.
O tempo de espera na urgência do Hospital Beatriz (...)