15 ago, 2023 - 16:23 • João Pedro Quesado
A Renfe não confirma as intenções de operar em Portugal com serviços entre Lisboa e Porto com ligação a Espanha. A operadora pública ferroviária espanhola diz que "não há nenhum investimento concreto nem plano de ação aprovado".
Em resposta à Renascença, a Renfe afirma que não foi "porta-voz" da notícia, e que o documento a que o jornal espanhol La Información teve acesso é "uma apresentação ou plano teórico".
Esse plano, acrescenta a operadora, é "mais um dos muitos que são feitos na empresa" para contemplar "cenários distintos".
"Neste momento não há nenhum investimento concreto em cima da mesa, nem um plano de ação aprovado", diz a operadora ferroviária.
A possibilidade da Renfe começar a operar em Portugal foi avançada esta segunda-feira. Entre os planos estariam duas ligações diárias entre Lisboa e Porto, e a ligação destas cidades a Madrid e à Corunha.
Ferrovia
As duas cidades também poderão ficar ligadas a Mad(...)
A operadora ferroviária estaria a planear ligar as duas maiores cidades portuguesas e seguir até à Corunha, na Galiza, com paragens em Vigo, Pontevedra e Santiago de Compostela.
Para além de operar entre Lisboa e Porto, a Renfe estaria a planear criar também um serviço diário a ligar Madrid a essas duas cidades a partir de 2027, três anos antes do início planeado da alta velocidade em Portugal.
A Renfe tem estado em expansão internacional, inaugurando, em julho, ligações de alta velocidade a duas cidades francesas, com intenção de chegar a Paris.
Um plano concreto para Portugal é a ligação entre Madrid e Évora, através da Extremadura, que foi discutida pelo presidente da empresa, Raül Blanco, num encontro com o presidente da região em julho.
A Renascença contactou o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, que declarou não ter recebido "nenhum pedido para emissão de um certificado de segurança à RENFE Passageiros", o qual é necessário para operar na rede ferroviária nacional.
Questionado sobre a capacidade da CP competir com a entrada de novos operadores, principalmente estrangeiros, o Ministério das Infraestruturas não respondeu.
[notícia atualizada às 18h35 de 17 de agosto]