A Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca realiza a sua 16.ª reunião para analisar a situação decorrente da seca prolongada que Portugal atravessa, agravada pelas ondas de calor, e para definir novas medidas de mitigação.
Dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgados em 11 de agosto indicam que em 31 de julho 97% do território estava em seca meteorológica, do qual 34% em seca severa e extrema, especialmente no Alentejo e Algarve.
A ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, presidem à reunião que está marcada para as 10h00 no Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
Na última reunião da comissão, em 7 de julho, a ministra da Agricultura e da Alimentação anunciou um apoio de 35 milhões de euros para os agricultores afetados pela seca.
No final do mês passado, a quase totalidade - 97% - do território português estava em situação de seca. 34% em seca severa e extrema. As regiões mais afetadas eram o Alentejo e o Algarve. São dados do Instituto do Mar e da Atmosfera.
O último Julho foi o 5.º mais seco desde o ano 2000, com temperaturas normais para a época, sem ondas de calor como as verificadas em outras zonas da Europa, devido ao anticiclone dos Açores, mas foi um mês também sem chuva.
O quadro de seca fez com que a produção de cereais de Inverno fosse a pior de sempre, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística. Os agricultores alertam para a situação de sufoco em que se encontram muitas explorações. E há organizações de produtores que reclamam a utilização da água de albufeiras de barragens para ajudar a mitigar os efeitos da seca.
Mas também aqui os dados não são muito animadores - No último dia de julho, e comparativamente o último dia do mês anterior, o volume de água armazenada aumentou em duas bacias hidrográficas, mas desceu em 10.