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Médicos escrevem ao ministro. Nem mais uma hora extra ”sem negociação séria”

01 set, 2023 - 14:40 • Pedro Mesquita

A reunião com os sindicatos médicos estava agendada para o dia 11 de setembro e foi antecipada para dia 7 de forma a agilizar as negociações.

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Mais de mil médicos garantem, numa carta enviada ao ministro da Saúde, que não fazem nem mais uma hora extra, além das 150 anuais obrigatórias, ”se não houver negociação séria”.

Em declarações à Renascença, Helena Terleira, do Hospital de Viana do Castelo, uma das proponentes desta missiva dirigida a Manuel Pizarro, faz um ultimato a Manuel Pizarro.

"A maior parte de nós já ultrapassou há muito essas 150 horas e, até agora, temos cumprido as escalas, temos feito horas. Neste momento, se não houver negociação séria, nós dizemos: Senhor ministro, já fizemos as 150 horas. Senhor Ministro, nós vamos cumprir as nossas 40 horas de trabalho semanais, como a lei nos obriga, mas mais nenhuma hora extra. Ou apresenta uma proposta a sério ou ninguém faz nem mais uma hora extra, porque já foram todas cumpridas."

Helena Terleira diz que não é sério propor aumentos salariais de 1,6% e espera que, na próxima reunião com os sindicatos, o Governo apresente uma solução que permita ultrapassar o impasse.

“Nós achamos que estava na altura de alertar o senhor ministro para as consequências de não negociar com seriedade com os médicos. Face a isso, decidimos escrever uma carta aberta. No fundo, o que dizemos ao ministro é que na próxima reunião com os sindicatos tem que apresentar uma proposta séria. Qualquer pessoa compreende que uma proposta de um aumento salarial de 1,6% se não é quase, digamos, para gozar connosco anda muito perto disso”, afirma a médica que subscreveu a carta ao ministro da Saúde.

Esta carta aberta dirigida ao ministro da Saúde já foi subscrita por 1.045 médicos de todo o país, 187 deles trabalham na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAL).

O Governo antecipou para quinta-feira a ronda negocial com os sindicatos médicos para apresentação final do diploma sobre a generalização das Unidades de Saúde Familiar modelo B e a dedicação plena, disse à Lusa o Ministério da Saúde.

A reunião com os sindicatos médicos estava agendada para o dia 11 de setembro e foi antecipada para dia 7 de forma a agilizar as negociações, para fechar este "dossier" e publicar os diplomas, e para os médicos poderem ainda este ano começar a receber mais nas Unidades de Saúde Familiar (USF) ou a aderir ao novo regime de dedicação plena.

[notícia atualizada às 17h52]

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  • António dos Santos
    01 set, 2023 Coimbra 17:45
    Os médicos são homens e mulheres que respeito e admiro. No entanto, há uma grande percentagem que não cumpre o horário, começando nos chefes de serviço e seus protegidos. Têm outro grande problema, que é de emitirem baixas e atestados médicos falso e com isso estão a desfalcar os recursos da Segurança Social e CGA. SÓ DEVEM TER DIREITO A REVINDICAR DIREITOS QUE SEJAM SÉRIOS A CUMPRIR AS VOSSAS OBRIGAÇÕES. Já agora, os médicos reclamaram as 35 horas de trabalho semanal, com a justificação, que se trabalhassem mais horas punham em risco os doentes. Então o que devemos chamar ao médicos fazem hipoteticamente o horário no serviço público e de seguida vão exercer no privado?!! Chamaremos potenciais criminosos?!!! Quanto ao primeiro parágrafo falo com conhecimento de causa.

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