03 set, 2023 - 18:34 • João Cunha
Os médicos da área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão estar em greve nos dias 13 e 14 de setembro, indica um pré-aviso do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Em declarações à Renascença, Maria João Tiago, secretária regional do SIM, explica que o protesto prende-se com a falta de perspetiva de um entendimento.
"Não é aceitável um aumento de 1,6%. Não há, sequer, uma perspetiva de que se consiga fazer um acordo. Os médicos estão exaustos, estão cansados, há 12 anos que não são aumentados e agora vamos ter a greve em Lisboa para demonstrar o nosso descontentamento."
O Sindicato Independente dos Médicos espera uma forte adesão à greve, sobretudo nos hospitais.
"Esta greve terá um impacto, nomeadamente, ao nível dos hospitais. Os colegas hospitalares, neste momento, são os que menos perspetivas têm, por isso, prevemos uma forte adesão", afirma Maria João Tiago.
São abrangidos pela paralisação os hospitais de Loures, Vila Franca de Xira, Garcia de Orta, Cascais e os centros hospitalares de Barreiro-Montijo e Setúbal, bem como dos agrupamentos de centros de saúde de Cascais, Loures/Odivelas, Estuário do Tejo, Almada/Seixal, Arco Ribeirinho e Arrábida.
A reunião com os sindicatos médicos estava agendad(...)
Esta é a mais recente greve regional dos médicos convocada pelo SIM, e a segunda nesta região, depois de uma primeira (em 23 e 24 de agosto), Algarve, Alentejo e Açores (30 e 31 de agosto), Centro (9 e 10 de agosto).
Para a ARS Norte estão previstas duas greves, entre 6 e 7 de setembro e 20 e 21 de setembro.
O Governo antecipou, na sexta-feira, para dia 7 de setembro a ronda negocial com os sindicatos médicos para a apresentação final do diploma sobre a generalização das Unidades de Saúde Familiar modelo B e a dedicação plena.
A reunião com os sindicatos médicos estava agendada para 11 de setembro e foi antecipada para dia 7 de forma a agilizar as negociações, para fechar este "dossier" e publicar os diplomas, e para os médicos poderem ainda este ano começar a receber mais nas Unidades de Saúde Familiar (USF) ou a aderir ao novo regime de dedicação plena, segundo fonte do Ministério da Saúde.