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João Duque diz que antiga CEO da TAP "tem fatores favoráveis" para invocar uma indemnização

06 set, 2023 - 21:40 • João Malheiro

Por outro lado, o especialista critica o ambiente criado à volta da saída polémica da antiga CEO, dizendo que "é resultante da relação da tutela com a empresa".

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O economista João Duque refere à Renascença que a antiga CEO da TAP tem "fatores favoráveis" para exigir uma indemnização de 5,9 milhões de euros, como foi anunciado esta quarta-feira.

O processo deu entrada na terça-feira no Tribunal Central Cível de Lisboa, de acordo com a informação disponibilizada pelo portal Citius.

A ex-diretora executiva da companhia aérea nacional interpôs ações judiciais contra a TAP SA e a TAP SGPS.

À Renascença, João Duque refere que, de um ponto de vista da gestão da empresa "e do sucesso elogiado pelos ministros", Christine Ourmières-Widener não percebe o porquê de ter sido demitida.

"Aparentemente, é fácil ter argumentos para aduzir do ponto de vista económico, mas também terá algumas fragilidades. Não é um caso de preto no branco e a Justiça irá decidir", acrescenta.

Por outro lado, o especialista critica o ambiente criado à volta da saída polémica da antiga CEO, dizendo que "é resultante da relação da tutela com a empresa".

"Essa forma de trabalho não é saudável. Em cima de um ambiente que não é saudável, a situação teve um mau fim", considera, ainda.

Christine Ourmières-Widener foi demitida a 6 de março deste ano através de uma declaração pública do ministro das Finanças, Fernando Medina, em que também foi conhecido o afastamento de Manuel Beja, presidente do conselho de administração da TAP.

O ministro invocou justa causa e garantiu, na altura, que o Estado não tencionava indemnizar Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja.

As demissões aconteceram na sequência do caso Alexandra Reis. Um relatório da Inspeção-Geral da Finanças (IGF), divulgado por Fernando Medina, concluiu pela nulidade do acordo celebrado em janeiro de 2022 e a ex-gestora da TAP terá de devolver a verba "indevidamente paga", no valor de 500 mil euros.

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