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Incêndio em Coimbra. Zona da EN 17 é a que mais preocupa

07 set, 2023 - 16:35 • Beatriz Pereira e Ricardo Vieira com Lusa

Não há casas nem pessoas em risco. Estão mais de 500 operacionais no terreno.

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O incêndio que se mantém ativo desde quinta-feira no concelho de Coimbra tem duas frentes ativas e a que mais preocupa os bombeiros é a da zona de São Frutuoso, junto à Estrada Nacional (EN) 17, disse fonte camarária.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Lopes, vereador com o pelouro do Proteção Civil, frisou que a frente de incêndio da zona de São Frutuoso, localidade situada junto à EN 17 e rio Ceira, estava a lavrar "com mais intensidade" e onde era "mais complicado chegar com meios terrestres", devido aos acessos difíceis ou praticamente inexistentes nas íngremes encostas daquela área.
Num ponto de situação feito cerca das 10h00 desta sexta-feira, o vereador da Câmara de Coimbra notou que os meios aéreos começaram a operar ao início da manhã, no apoio aos mais de 500 operacionais no terreno, e que as chamas se mantêm em zona florestal de eucalipto e pinheiro, sem ameaçarem diretamente povoações.
O autarca explicou que o incêndio "mantêm-se só no território do concelho de Coimbra", observando, no entanto, que a zona de São Frutuoso é "historicamente" uma zona "complicada", ficando na transição com o município vizinho de Vila Nova de Poiares, onde a orografia do terreno "é também muito complexa".
"E estamos a evitar a todo o custo que isso possa acontecer", enfatizou Carlos Lopes.
A segunda frente, em Palheiros, freguesia de Torres do Mondego "está mais estabilizada", tendo as autoridades, durante a noite, conseguido chegar à linha de fogo com o auxílio de máquinas de rasto.
Durante a noite e madrugada de hoje, a humidade relativa, que chegou aos 70% entre as 03h00 e as 05h:00, "também ajudou a acalmar um bocadinho as chamas", indicou o vereador.
Carlos Lopes admitiu que as previsões meteorológicas para as próximas horas possam ser um aliado dos operacionais no terreno, já que "a partir das cinco da tarde poderá surgir alguma pluviosidade, o que era importantíssimo para consolidarmos esta estabilização dos incêndios e entramos numa fase de rescaldo", notou.
De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 10h40 desta sexta-feira combatiam as chamas em Coimbra um total de 540 operacionais, apoiados por 169 viaturas e nove meios aéreos.
O alerta de fogo, na zona de Palheiros, foi dado pelas 15h19.

Pelas 23h00, o número de operacionais no terreno tinha aumentado para quase 700, apoiados por mais de 173 viaturas, mas às 6h40 desta sexta-feira continuavam no terreno 580 operacionais, apoiados por 162 meios terrestres, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Nuno Seixas, responsável da Proteção Civil sublinhou, num balanço pelas 22h00 à RTP, que a investigação à origem do incêndio está a decorrer mas que as indicações são que o fogo terá sido provocado por um veículos com um problema mecânico.

O combate está a ser favorável e as forças de combate esperam dominar o fogo durante a noite, acrescentou.

Uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova ardeu durante o combate a este incêndio que está a lavrar, mas ninguém ficou ferido, disse fonte dos bombeiros. Dois bombeiros foram também assistidos devido a inalação de fumos, sendo considerados feridos leves.

[notícia atualizada às 11h15 do dia 8 de setembro]

Comentários
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  • Maria
    08 set, 2023 Palmela 09:32
    Nao e preciso ser influcer pra perceber que este verao nao foi o verao mais quente de sempre!

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