16 set, 2023 - 16:08 • Maria Costa Lopes
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) manifesta-se, este sábado, por todo o país, em defesa do Serviço Nacional de Saúde.
A principal exigência da intersindical é a valorização dos salários, carreiras e condições de trabalho dos profissionais de saúde, nomeadamente nos horários de trabalho.
Isabel Camarinha falou no início da manifestação, em Lisboa, dos condicionamentos à subida dos salários que "obrigam os médicos a trabalhar mais horas, para além do trabalho extraordinário".
A secretária-geral da CGTP não acredita nos anúncios do Governo que garantem que os ordenados dos médicos vão subir.
"O Governo não está a garantir valorização salarial, está a querer que estes profissionais trabalhem ainda mais horas com pouca compensação, criando discriminações", diz.
Isabel camarinha acusa ainda o Governo de estar a ajudar os grupos privados de saúde "com transferências de verbas brutais" do orçamento destinado à saúde. "É preciso investir em equipamentos, em meios e nos trabalhadores", reitera.
A CGTP marcou mais de 20 concentrações e desfiles em todas as capitais de distrito.
Segundo a intersindical, a iniciativa realiza-se num quadro de uma grande ofensiva contra SNS, onde profissionais de saúde não abdicam de lutar pela valorização das suas carreiras e dos salários e por melhores condições de trabalho.
Também os utentes "não aceitam a falta de médicos de família e não se acomodam a aguardar um exame ou consulta da especialidade que, regra geral, ultrapassa todas as recomendações", critica.
A CGTP-IN diz ver com preocupação que, dos cerca 1,7 milhões de utentes sem médico de família, mais de 70% estão na região de Lisboa e Vale do Tejo.