17 set, 2023 - 17:02 • Lusa com Redação
Com recurso a extintores carregados de tinta, um grupo ambientalista alemão pintou, este domingo, a Porta de Brandemburgo, em Berlim, a cor de laranja.
O grupo de ambientalistas Última Geração exige que a Alemanha deixe de usar combustíveis fósseis até 2030 e que adote medidas a curto prazo, como a imposição de um limite de velocidade de cem quilómetros por hora nas autoestradas, para reduzir as emissões mais rapidamente.
Vídeos divulgados na redes sociais mostram os elementos do grupo a usar extintores de incêndio carregados de tinta para pulverizar as seis colunas do popular monumento de Berlim.
"O protesto é claro: é altura de uma mudança política", justificou o grupo, em comunicado. "Longe dos combustíveis fósseis e em direção à justiça", assinalou.
A polícia rodeou a área em volta da Porta de Brandemburgo e informou ter detido 14 pessoas ligadas ao Última Geração.
O grupo é conhecido por ações de protesto nas quais os ativistas se colam às estradas, bloqueando o trânsito e dividindo a opinião pública alemã.
O autarca de Berlim, Kai Wegner, condenou a ação do grupo, considerando que extravasa os limites legítimos do protesto.
"Com esta ação, o grupo está não só a lesar a histórica Porta de Brandemburgo, mas também a livre expressão acerca de importantes assuntos do nosso tempo e do futuro", declarou, citado pela agência de notícias alemã DPA.
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Neste domingo está prevista uma manifestação em Nova Iorque a pedir medidas urgentes no sentido do fim dos combustiveis fósseis.
A três dias da Cimeira de Ambição Climáticas nas Nações Unidas, varias associações ambientalistas, incluindo a portuguesa ZERO, marcam uma semana de luta com uma mensagem dirigida aos líderes mundiais.
Para Francisco Ferreira, da ZERO, a prioridade é clara: "traçar metas para deixarmos de usar os combustíveis fósseis".