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Associação de Apoio à Vítima recebeu 30 pedidos de ajuda durante JMJ

25 set, 2023 - 13:16 • Beatriz Pereira , Alexandre Abrantes Neves

Quatro casos correspondem a suspeitas de tráficos de pessoas. Registaram-se ainda cinco casos de burla, quatro furtos, três casos de importunação sexual e dois casos de coação/assédio.

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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) recebeu 30 pedidos de ajuda no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sendo que quatro correspondem a suspeitas de tráficos de pessoas.

Os casos denunciados de tráfico de seres humanos terão acontecido já depois da JMJ e foram praticados, alegadamente, por empresas subcontratadas para operar na JMJ. A situação foi comunicada à Polícia Judiciária (PJ), diz à Renascença Carla Ferreira, da APAV.

“Quatro vítimas que estavam ligadas à mesma situação em que havia aqui a suspeita de que uma entidade subcontratada poderia ter praticado tráfico de pessoas para fins de exploração laboral. Essa situação, assim que chegou ao conhecimento da APAV, foi imediatamente transmitida às autoridades competentes para que fosse desencadeada uma investigação”, afirma Carla Ferreira.

Os dados constam do relatório de execução da APAV, divulgado esta segunda-feira, elaborado em colaboração da associação com a Fundação JMJ.

Registaram-se ainda, dos 18 dos pedidos de apoio que reportaram suspeitas de crime, cinco casos de burla, quatro furtos, três casos de importunação sexual e dois casos de coação/assédio.

Das 30 situações de apoio, a APAV informa que cinco diziam respeito a cidadãos portugueses, 11 de outros países europeus, dois de África, seis da América do Sul, três da Ásia e ainda três em que não se conseguiu apurar a nacionalidade.

Em 12 das situações de pedido de ajuda, não existiam situações de crime, sendo que os pedidos eram relacionados com outras matérias, por exemplo, apoio com voos.

Segundo o relatório, nos dias da JMJ, que aconteceu entre 1 a 6 de agosto, a APAV realizou 50 atendimentos presenciais, telefónicos e por correio eletrónico.

As Equipas Móveis de Apoio à Vítima de Santarém e de Setúbal não registaram qualquer ocorrência.

A APAV informa ainda que os canais comunicacionais criados no âmbito deste protocolo mantêm-se abertos e disponíveis para receber mais pedidos de apoio.

Foi a primeira vez que em eventos de grande dimensão a APAV estabeleceu um protocolo, neste caso com a Fundação JMJ.

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