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Detetado em Lisboa mosquito que pode transmitir chikungunya, dengue e zika

27 set, 2023 - 17:06 • Anabela Góis Ricardo Vieira

Informação foi avançada pela Direção-Geral da Saúde. “No entanto, em Portugal, não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas, nem se registaram casos de doença humana até ao momento”, sublinha a DGS.

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A espécie de mosquito Aedes albopictus, que pode transmitir às pessoas doenças como chikungunya, dengue e zika, foi identificada pela primeira vez no município de Lisboa, na freguesia de Benfica, anunciou esta quarta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este mosquito já tinha sido detetado na região Norte, em 2017, no Algarve, em 2018, no Alentejo, no ano passado.

“No entanto, em Portugal, não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas, nem se registaram casos de doença humana até ao momento”, sublinha a DGS, num comunicado enviado à Renascença.

André Peralta Santos, subdiretor geral da Saúde, diz à Renascença que "não há um risco para a população", como tal a DGS não recomenda nenhuma medida específica aos cidadãos.

A Direção-Geral da Saúde adianta que “reforçou a vigilância entomológica e epidemiológica, estando em curso a implementação de medidas para controlar a população de mosquitos”.

André Peralta Santos explica que as medidas passam por "reduzir as áreas onde o mosquito pode criar criadouros", tais como sarjetas. Desta forma, é possível "reduzir a população de mosquitos", levando a um "risco menor de importarmos esta doença", continua.

De acordo com o subdiretor geral da Saúde, a espécie de mosquito Aedes albopictus "pode picar uma pessoa que esteja infectada e depois iniciar um ciclo de reprodução já com o vírus e depois dar origem, dar origem a surtos".

Este inseto está em expansão sul da Europa, "onde se tem vindo a instalar, nos últimos anos, em países como Itália, França e Espanha".

Em relação às doenças que pode transmitir, o vírus da chikungunya, que demora entre três a sete dias a manifestar-se, provoca febre, dores nas articulações, dores musculares, dor de cabeça, inchaço das articulações e erupção cutânea, indica o Instituto de Medicina Tropical.

A dengue provoca febre e pode ser acompanhada de dor de cabeça severa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náuseas, vómitos, glândulas inchadas ou prurido.

"A prevenção da doença passa pela adoção de medidas para evitar a picada de mosquitos, como a aplicação de repelente e o uso de roupa apropriada, de cores claras e que cubra uma grande área do corpo. No alojamento deve optar-se por manter as portas e janelas fechadas, o ar condicionado ligado e deve utilizar-se uma rede mosquiteira para dormir", indica o Instituto de Medicina Tropical.

Portugal já teve um surto de dengue, em 2012, na Madeira. Na altura, foram registados mais de dois mil casos.

O vírus Zika tem sindo responsável por epidemias na América Central e do Sul, nomeadamente no Brasil.

Os sintomas "ocorrem entre cerca de três a doze dias após a picada do mosquito e podem ser: febre baixa, erupção cutânea, dores de cabeça, artralgia, mialgia, astenia e conjuntivite não purulenta. Podem durar entre dois e sete dias e não se manifestar em todas as pessoas infetadas", explica o Instituto de Medicina Tropical.

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