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CGTP demarca-se da proposta de 15.º mês de vencimento e exige aumento significativo dos salários

04 out, 2023 - 16:37 • Lusa

Isabel Camarinha demarcou-se em absoluto da proposta de 15.º mês de vencimento (livre de impostos) feita pela CIP em concertação social e insistiu que o salário mínimo, no próximo ano, deverá atingir os 910 euros em janeiro, chegando aos mil euros no fim do próximo ano.

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A CGTP-IN exigiu, esta quarta-feira, uma mudança de rumo na política económica e social contra a inflação e a crise na habitação, com um aumento significativo dos salários e a oneração de setores lucrativos como a banca.

Esta linha de atuação foi transmitida aos jornalistas pela secretária-geral desta central sindical, Isabel Camarinha, no parlamento, no final de uma reunião com o Bloco de Esquerda, durante a qual apresentou as prioridades reivindicativas.

Perante os jornalistas, Isabel Camarinha demarcou-se em absoluto da proposta de 15.º mês de vencimento (livre de impostos) feita pela CIP em concertação social e insistiu que o salário mínimo, no próximo ano, deverá atingir os 910 euros em janeiro, chegando aos mil euros no fim do próximo ano.

"A prioridade das prioridades para a CGTP-IN é o aumento significativo de todos os salários. Temos uma proposta de 15% com pelo menos mais 150 euros para todos os trabalhadores em 2024. Quem produz a riqueza são os trabalhadores, que precisam de ser dignificados ao nível dos seus salários", alegou.

Isabel Camarinha defendeu depois uma maior justiça ao nível da política fiscal e referiu que, na atual conjuntura de aumento dos juros, os maiores bancos estão a lucrar mais de 10 milhões de euros por dia.

"Baixem-se os impostos dos salários mais baixos e intermédios, mas onerem-se os lucros de capital, a maior parte deles com isenções e benefícios. Estamos na altura em que o Governo vai apresentar o Orçamento do Estado para 2024. É preciso introduzir uma mudança de rumo na vida do nosso país", acentuou.

A secretária-geral da CGTP-IN disse que tem estado a reunir-se com vários grupos parlamentares e adiantou que a sua central sindical vai "mobilizar os trabalhadores para que as principais reivindicações sejam aprovadas".

"Vamos continuar a desenvolver intensa luta nos locais de trabalho, nos setores privado e público, no sentido de garantir que os trabalhadores terão essa resposta. Essa resposta é necessária. Só assim o país se desenvolver", acrescentou.

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