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Lisboa. "Obra invisível" do plano de drenagem concluída no fim de 2025

04 out, 2023 - 14:18 • Liliana Monteiro , João Pedro Quesado

A previsão é de Carlos Moedas, que não garante que a data seja cumprida. A perfuração do primeiro túnel de drenagem, o mais longo, começa em novembro.

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As obras do Plano Geral de Drenagem de Lisboa devem ficar concluídas no final de 2025. A previsão é do autarca Carlos Moedas, que mostrou esta quarta-feira as obras que estão a decorrer em Campolide, onde uma tuneladora vai começar a perfurar um dos túneis de drenagem previstos.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa disse que os túneis Monsanto-Santa Apolónia (que começa em Campolide) e Chelas-Beato devem estar concluídos em cerca de dois anos, mas não o garantiu. "Uma obra desta dimensão obviamente terá atrasos, é normal que tenha", apontou.

A "obra invisível", como Carlos Moedas lhe chama, entra em novembro na fase de perfuração do primeiro túnel, com cinco quilómetros de extensão e mais de cinco metros de diâmetro. A esta água, recolhida em pontos altos da cidade, junta-se a água de pontos intermédios como a Avenida da Liberdade, a Rua de Santa Marta e a Avenida Almirante Reis.

"É como se fosse um prédio de mais de dois andares que vai, durante cinco quilómetros, retirar terra por estes anéis em betão", declarou o autarca acerca da tuneladora H20, que está pronta a trabalhar e que, depois de chegar a Santa Apolónia, "vai para Chelas e aí vai fazer outro túnel, esse mais pequeno, de um quilómetro".

O custo destes túneis é de 130 milhões de euros, mas o global do Plano de Drenagem de Lisboa é de 250 milhões de euros.

A obra, planeada ainda durante o mandato de Fernando Medina, vai drenar as "águas de potenciais cheias" para o rio Tejo, evitando "os problemas que temos de cheias desde há tantos anos em Lisboa".

A capital foi afetada, em dezembro de 2022, por fortes chuvas. Uma mulher morreu em Algés, e muitas outras ficaram desalojadas devido às cheias, que também causaram estragos materiais em muitas lojas e casas - por duas vezes.

Carlos Moedas explicou ainda os benefícios da obra em termos de reutilização de água da chuva, que vai ser acumulada em reservatórios. "Essa água depois não é água que é bebível, mas é água com que podemos lavar as ruas, regar os nossos jardins da cidade e não gastar água", contou.

A perfuração do túnel não arrancou na data prevista - até novembro de 2022 - devido a uma nova lei, que obriga à avaliação dos solos. No decurso desse processo, foram encontrados achados arqueológicos, cujo estudo atrasou o início das obras.

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  • Hardev singh
    24 jan, 2024 Queluz 10:37
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