07 out, 2023 - 15:54 • Redação com Lusa
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) confirmou este sábado que, de acordo com as informações “recolhidas até ao momento”, não há “portugueses diretamente afetados pelo ataque desta manhã em território israelita”.
Em comunicado, o ministério destacou que “15 turistas que se encontram no país, afastados da zona atingida, contactaram o Gabinete de Emergência Consular para sinalizarem a sua presença no território”.
O MNE garantiu que “acompanha a situação em permanência”, através da embaixada em Portugal em Telavive, aconselhando “todos os portugueses que se encontram em Israel a seguirem estritamente as instruções das autoridades locais”.
O Governo português " já condenou firmemente" os ataques ocorridos esta manhã, conclui a nota enviada às redações.
"Os ataques terroristas de hoje contra Israel são inaceitáveis e merecem a nossa forte condenação. Lamentamos as vítimas destes ataques, deixando uma palavra de solidariedade aos seus familiares", afirmou António Costa na rede X, antigo Twitter.
Também o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, condenou "nos termos mais firmes os ataques terroristas lançados pelo Hamas em território de Israel e contra civis".
"São atos bárbaros, que nada justifica", escreveu Santos Silva no X.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou o ataque "inaceitável e intolerável" do Hamas a Israel e enviou uma mensagem de condolências e solidariedade ao homólogo israelita, não tendo notícias de portugueses afetados.
O líder do PSD, Luís Montenegro, também se mostrou "profundamente consternado" e expressou "solidariedade às vítimas, suas famílias e a todo o povo israelita".
O CDS-PP condenou igualmente o ataque "brutal e desumano" do Hamas a Israel, apelando à condenação do terrorismo e ao restabelecimento da paz.
"O CDS-PP reafirma o indiscutível direito de Israel se defender por todos os meios considerados proporcionais e necessários", lê-se no texto.
Os centristas apelaram ainda à condenação do terrorismo pela comunidade internacional e ao restabelecimento da paz.
A eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias defendeu que parar a guerra em Israel implica acabar com a ocupação do território palestiniano, sublinhando que as vítimas são a consequência dessa ocupação.
"As vítimas inocentes dos dois lados são o efeito da ocupação. Parar a guerra implica pôr fim ao "apartheid´ e à ocupação ilegal da Palestina por Israel", escreveu a eurodeputada na sua conta na rede social X.
Pelo menos 40 pessoas morreram hoje e centenas ficaram feridas desde o início de uma ofensiva do Hamas contra Israel, segundo os serviços de socorro israelitas, enquanto jornalistas relatam quase duas centenas de mortos em Gaza.
"Aos palestinianos devemos o respeito do direito à autodeterminação como na Ucrânia ou em Timor, ou não haverá solução para a paz", referiu ainda Marisa Matias na publicação.
O grupo islâmico Hamas lançou na manhã de sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
O serviço nacional de resgate de Israel disse que pelo menos 40 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas, tornando este o ataque mais mortal em Israel em anos.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro". O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Médio Oriente
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