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Greve dos médicos mantém-se apesar de proposta do Governo

12 out, 2023 - 18:24 • Ricardo Vieira e Anabela Góis

Ministro da Saúde esteve reunido com sindicatos médicos. Manuel Pizarro diz ter apresentado uma "proposta de grande valor", mas respeita "a vontade do sindicato em concretizar mais uma jornada de greve”.

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A greve dos médicos mantém-se apesar da nova proposta do Governo para os médicos nas urgências hospitalares, disse esta quinta-feira o ministro da Saúde, no final de uma reunião com os sindicatos. Manuel Pizarro fala numa "proposta de grande valor".

“Pela nossa parte, estávamos disponíveis para voltar à mesa de negociação para aprofundar este trabalho ainda mais cedo. Achamos que isso era melhor para o Serviço Nacional de Saúde e era melhor também para os médicos, mas temos que respeitar a vontade do sindicato em concretizar mais uma jornada de greve”, disse Manuel Pizarro aos jornalistas.

O ministro da Saúde diz que o sindicato decide manter a greve "num cenário em que há um progresso claro nas negociações" e em que "há uma manifestação enorme de abertura do Governo nas negociações".

"Estamos a propor algo que tem como prioridade melhor o acesso dos portugueses à Saúde e requalificar o Serviço Nacional de Saúde, mas acho que é uma proposta de enorme valor também na valorização da profissão médica", argumenta Manuel Pizarro.

O Ministério da Saúde prevê, na proposta apresentada esta quinta-feira aos sindicatos, um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) já tinha convocado uma greve para a próxima semana, a 17 e 18 de outubro.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mantém a greve às horas extraordinárias.

Na quinta-feira da próxima semana haverá uma nova ronda negocial entre Ministério da Saúde e os sindicatos dos médicos.

Em declarações à Renascença, Roque da Cunha, do SIM, diz que houve aproximação na reunião desta quinta-feira, mas ainda não vai ao encontro das reivindicações dos sindicatos.

O SIM quer um aumento transversal para todos os médicos, mas diz que a proposta do Governo abre caminho ao compensar a penosidade das horas extra.

Roque da Cunha refere que só quando tiverem proposta por escrito é que decidirão o que fazer.

Joana Bordalo e Sá, da FNAM, considera que a proposta do Governo mostra boa vontade, mas ainda não chega.

A FNAM defende a reposição das 35 horas semanais para todos os médicos do Serviço Nacional de Saúde.

A FNAM considera "inaceitável" que a proposta de dedicação plena do Governo inclua a obrigatoriedade de 250 horas extraordinárias.

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