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Viseu

À porta fechada. Padre começa a ser julgado por tentativa de coação sexual

16 out, 2023 - 13:56 • Liliana Carona com lus

Advogado de defesa espera que o seu cliente "não esteja, nem sirva nunca, de bode expiatório para expiar as culpas de quem quer que seja, nomeadamente de instituições".

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Depois de vários adiamentos, o padre Luís Miguel Costa começou esta segunda-feira a ser julgado no Tribunal Judicial da Comarca de Viseu por tentativa de coação sexual e aliciamento de um menor para fins sexuais.

O caso ocorreu em março de 2021, quando o padre estava na freguesia de São João de Lourosa. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), em 27 de março de 2021, "o arguido, quando se encontrava sentado ao lado de um menor", então com 14 anos, "tocou com a sua mão na mão da vítima e, pouco depois, deu-lhe conta do seu propósito de se relacionar sexualmente" com ele.

"De seguida, convidou o menor para se encontrar com ele no WC, local onde, puxando-o para junto de si, aproximou os seus lábios aos dele, procurando repetidamente beijá-lo na boca, o que este evitou."

O padre está acusado da prática "dos crimes de coação sexual, na forma tentada, e do crime de aliciamento de menores para fins sexuais".

Ao longo do debate de instrução, o sacerdote, de 46 anos, refutou as acusações de que é alvo, continuando afastado de funções.

Em maio de 2022, depois de Luís Miguel Costa ter sido ouvido durante a fase instrutória do processo, Paulo Duarte disse aos jornalistas esperar que o seu cliente "não esteja, nem sirva nunca, de bode expiatório para expiar as culpas de quem quer que seja, nomeadamente de instituições".

"Trata-se de um cidadão que está, junto da justiça, a fazer-se ouvir. Mas é um cidadão, não é culpado, nem deve expiar a culpa de terceiros ou de instituições", afirmou aos jornalistas.

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