17 out, 2023 - 18:00 • João Pedro Quesado , Pedro Mesquita com Lusa
A Proteção Civil registou 1.164 ocorrências no continente relacionadas com o mau tempo até às 16 horas desta terça-feira. Quase metade das ocorrências, que não provocaram vítimas, tiveram lugar na Grande Lisboa.
Em declarações à Renascença, o comandante Miguel Oliveira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), explicou que "a zona mais fustigada" do país foi a Grande Lisboa, com 456 ocorrências. Estas foram, "acima de tudo, pequenas inundações, quedas de árvores, quedas de estruturas móveis, situações muito ligadas à ação do vento e da chuva".
Em Lisboa, a depressão Babet colocou em risco de queda um andaime de grandes dimensões. Várias ruas na baixa lisboeta vão estar cortadas até quinta-feira.
O mau tempo também provocou estragos no aeroporto de Faro. A cobertura da infraestrutura não aguentou a água da chuva, que começou a cair no interior do aeroporto, provocando pequenas inundações.
Em Castro Marim, um mini-tornado deixou a casa onde vivia um casal de 93 e 87 anos inabitável em poucos minutos.
Às 17h00 desta terça-feira, cinco distritos do litoral norte (Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Porto e Aveiro) estavam sob aviso laranja devido ao vento e/ou chuva forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os restantes distritos do continente mantinha-se sob aviso amarelo devido à previsão de chuva por vezes forte.
Toda a costa portuguesa estava igualmente sob aviso laranja até às 21h00, devido à agitação marítima.
O IPMA realçou que o estado do tempo no continente foi condicionado por "sucessivos sistemas frontais associados a depressões que se deslocam no Atlântico Norte em direção à Europa", que hoje se deveram à influência da depressão Babet.
"Espera-se um novo episódio de agravamento das condições meteorológicas, no dia 19 [quinta-feira], com precipitação, por vezes forte e persistente e vento do quadrante sul, com rajadas fortes no litoral e nas terras altas, para o qual se emitirão novos avisos meteorológicos", acrescenta o IPMA.