20 out, 2023 - 16:02 • Lusa
A criação da carreira de técnico auxiliar de saúde está para breve e vai “valorizar de forma inequívoca” o papel dos trabalhadores, garantiu esta sexta-feira o Ministério da Saúde em comunicado.
O comunicado surge no mesmo dia em que representantes sindicais de técnicos auxiliares de saúde se concentraram junto do Ministério para exigir uma carreira especial.
O Ministério diz no documento que o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, se reuniu hoje com as estruturas representativas dos técnicos auxiliares de saúde para finalizar as negociações relativas à criação da nova carreira destes profissionais, que está agora na fase final, com a última ronda negocial marcada para o próximo dia 6 de novembro.
“As novas carreiras valorizam de forma inequívoca o papel destes trabalhadores no funcionamento dos serviços de saúde e na prestação de cuidados de saúde à população. A criação da carreira representa também o reconhecimento, por parte do Governo, da especificidade e exigência das funções desempenhadas por estes profissionais no apoio ao processo complexo, e muitas vezes imprevisível, que caracteriza a atividade que diariamente é desenvolvida nos serviços e estabelecimentos de saúde”, refere o comunicado.
Tutela apresentou em maio um projeto de decreto-le(...)
Hoje, junto do Ministério da Saúde, o coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), Sebastião Santana, disse à Lusa que a proposta de carreira que o Governo apresenta “está a anos-luz de fazer justiça a estes trabalhadores”.
Em maio, o Ministério apresentou às associações representativas dos trabalhadores o projeto de decreto-lei que cria a nova carreira mas de acordo com o sindicalista a proposta deixa a “esmagadora maioria” dos trabalhadores fora da possibilidade de integração na carreira por não terem formação de técnico auxiliar de saúde.
“(…) É absolutamente absurdo, porque a formação da carreira técnica auxiliar de saúde é ministrada no Serviço Nacional de Saúde por trabalhadores que não a têm. O que têm são coisas simples como 30 anos de experiência profissional e é com essa [experiência] que estão a formar quem vem de novo”, salientou.