Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Ministério das Finanças

Imigrantes representam 13% da população empregada

25 out, 2023 - 12:48 • Lusa

Medina sublinha importância da "integração" e do "acolhimento e "rejeição absoluta a todas as formas de exclusão, de xenofobia e de racismo".

A+ / A-

O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu nesta quarta-feira a importância dos imigrantes para o mercado de trabalho português, destacando que representam 13% da população empregada no país.

Fernando Medina falava no congresso anual da Ordem dos Economistas, intitulado "Portugal e os desafios do presente: o papel dos economistas e gestores", na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

"Cerca de 13% da nossa população empregada correspondem a trabalhadores imigrantes", disse.

O governante defendeu que perante os riscos sobre a economia de um "inverno demográfico, a que Portugal não é alheio, é essencial valorizar a capacidade da atração e acolhimento de imigrantes" no país.

"Desde 2017, assistimos a saldos migratórios positivos num total acumulado de 323 mil pessoas. Hoje, e sublinho a importância deste número, 600 mil trabalhadores estrangeiros integram a nossa força de trabalho", afirmou.

Rejeição da exclusão e xenofobismo

Perante estes dados, Medina sublinhou a importância da "integração" e do "acolhimento e a "rejeição absoluta a todas as formas de exclusão, de xenofobia e de racismo".

"Pelas razões da humanidade, claro, em primeiro lugar, pelas razões da dignidade da pessoa humana, sim, à cabeça, mas também por esta razão direta e simples. Esta é, hoje, parte integrante e absolutamente essencial ao crescimento da economia portuguesa", argumentou.

O ministro detalhou que o número total de trabalhadores em Portugal aproxima-se dos cinco milhões, "um novo máximo histórico", que se traduz "num aumento de perto de 20% da população empregada em cerca de 10 anos".

"Ao mesmo tempo, as remunerações crescem de forma robusta: 8% nas retribuições declaradas à Segurança Social em 2023, começando a compensar os efeitos da inflação, em particular de 2022", apontou.

Fernando Medina destacou ainda a evolução da qualificação do mercado de trabalho em Portugal, apontando que entre 2015 e 2022, a população empregada com ensino secundário ou superior passou de 2,2 milhões, 52% do total, para 3,2 milhões, 66% do total.

Segundo Medina, tal traduz-se em mais um milhão de postos de trabalho de média e alta qualificação.

Trabalho não está finalizado

Ainda assim, sublinhou que ainda há trabalho a fazer: "Não se retire das minhas palavras que todo o caminho está feito ou de que todas as dificuldades estão superadas e que Portugal tem hoje uma estrutura de recursos humanos comparável com outros países mais desenvolvidos", disse.

"Não tem. Mas neste caso, na teoria do copo meio cheio e do meio vazio, há duas certezas. O copo tem vindo a encher e só vai continuar a encher. Em segundo lugar, está a encher de forma muito mais rápida do que muitos de nós esperávamos não há muito tempo atrás", disse.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+