30 out, 2023 - 17:45 • Lusa
Os crimes violentos e graves no concelho da Amadora, distrito de Lisboa, tiveram uma redução de 60% nos últimos seis anos, devido ao sistema de videovigilância, segundo um balanço divulgado esta segunda-feira pela PSP.
Estes números foram divulgados esta tarde durante uma cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, para oficializar a entrada em funcionamento da 2.ª fase do sistema de videovigilância do município da Amadora.
Segundo os dados apresentados pelo Comandante da Divisão da PSP da Amadora, Pedro Franco, entre 2017, ano em que entrou em funcionamento o sistema de videovigilância no concelho, e 2022 verificou-se uma redução de 60% dos crimes violentos e graves.
"Nesta série estatística, desde 2017, ela iniciou-se com 772 crimes violentos e graves no concelho. Em 2022 já se fechou com 474. Para este ano, a nossa expectativa é que consigamos ter um nível de criminalidade violenta e grave que ronde as 300 ocorrências. São menos 60% de crimes desde que se iniciou este sistema de videovigilância. Representam centenas de pessoas que deixaram de ser vítimas de crimes graves", sublinhou.
Pedro Franco explicou que esta redução se deve à capacidade dissuasora das câmaras e ao apoio que estas dão aos agentes ao nível da identificação e monitorização das ocorrências.
Entrou hoje em funcionamento a 2.ª fase do sistema de videovigilância da Amadora, que dispõe agora de um total de 141 câmaras, espalhadas por todas as freguesias do concelho.
Na cerimónia de hoje, o ministro da Administração Interna anunciou também que haverá uma terceira fase de implementação do sistema de videovigilância, que prevê a instalação de mais 59 câmaras.
Durante o evento foi também assinado um protocolo de colaboração entre o município da Amadora e os Serviços Sociais da Polícia de Segurança Pública, que contempla a atribuição de direitos e benefícios sociais aos agentes da PSP, nomeadamente a nível da utilização do refeitório municipal, equipamentos culturais e estacionamento.
Em agosto de 2022, a Câmara Municipal da Amadora tinha anunciado a renovação por mais três anos do sistema de videovigilância urbano no concelho.
As câmaras funcionam 24 horas por dia, sem captação de som, e a gestão compete à PSP.
Em setembro de 2020, o município foi autorizado a alargar o sistema de videovigilância e a instalar mais 38 câmaras.
A câmara apresentou o primeiro projeto de videovigilância em 2008, em colaboração com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, para 113 câmaras, mas o pedido foi recusado após parecer negativo da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).
O projeto foi reformulado, em resposta às observações da CNPD, e teve de ser posteriormente adaptado à nova legislação em 2012, altura em que o parecer da comissão deixou de ser vinculativo.