01 nov, 2023 - 00:16 • Diogo Camilo
A reunião entre o Governo e os sindicatos dos médicos terminou mais uma vez sem acordo.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, revela que há uma “grande vontade” em chegar a acordo e que houve “consolidação” de posições esta terça-feira.
Roque da Cunha adianta ainda que haverá nova reunião para a próxima sexta-feira, para que o Governo “altere a posição em relação ao salário dos médicos”.
“Houve a consolidação de alguns avanços que não tinham acontecido, nomeadamente no tempo das férias, no tempo de trabalho no serviço de urgência”, avançou.
O problema está na questão salarial, com o Ministério da Saúde a indicar que “tem dificuldades a nível do Ministério das Finanças”, indicou o secretário-geral do SIM, lembrando que os médicos já fizeram quase seis milhões de horas extraordinárias até agosto e que foram gastos mais de 140 milhões de euros em prestadores de serviço.
O cenário para novembro “não é tranquilizador”, refere Roque da Cunha, que diz que a situação “chegou onde chegou porque não foram tomadas medidas”.
No final da ronda negocial, que começou ao final da tarde de terça-feira e terminou pelas 00:00 de quarta-feira, Roque da Cunha reafirmou a disponibilidade do SIM em que o aumento salarial proposto, de 30% seja "faseado durante o tempo", enquanto o Governo, que propõe um aumento de 5%, "manteve-se intransigente em relação a essa matéria", destacou o secretário-geral do sindicato.
O sindicalista frisou ainda que "houve consolidação em alguns avanços que tinham acontecido", em matérias como as férias, reposição do horário semanal de 35 horas para todos os médicos que o desejem e das 12 horas semanais de trabalho nos serviços de urgência.