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Diabetes. Portugal continua a ter das mais altas taxas da Europa

14 nov, 2023 - 07:00 • Anabela Góis com Redação

O relatório anual do Programa Nacional da Diabetes indica que há mais casos diagnosticados e as mortes têm vindo a diminuir tanto nos homens como nas mulheres.

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Portugal continua a ter uma das mais altas taxas de diabetes da Europa.

É uma das conclusões do relatório anual do Programa Nacional da Diabetes que avalia em mais de 550 milhões de euros os custos com a diabetes no Serviço Nacional de saúde, só em medicamentos, testes e internamentos.

Se incluirmos os internamentos de doentes com diabetes por outros motivos e os custos com dias de trabalho perdidos o valor é bastante mais alto.

Por outro lado, o relatório indica que há mais casos diagnosticados e as mortes têm vindo a diminuir tanto nos homens como nas mulheres.

À Renascença, a coordenadora nacional para a diabetes diz que Portugal tem " uma taxa de prevalência de diabetes muito elevada, das mais elevadas da Europa, e é algo que nós não vamos conseguir resolver de um dia para o outro".

No entanto, Sónia do Vale realça que "esta prevalência parece ter estabilizado".

"Temos um maior número de pessoas identificadas, mas isto não é necessariamente mau, porque nós sabemos que temos muitas pessoas por diagnosticar e, portanto, neste momento, já ultrapassa as 880.000 pessoas que nós temos com registo de diabetes. Portanto, o número de diagnósticos atingiu outra vez um recorde de mais de 78.000 pessoas que foram registadas de novo, como tendo diabetes", explica.

Sobre a taxa de mortalidade, a especialista reitera que os dados "são positivos", e destaca mortalidade permatura, abaixo dos 70 anos, que reduziu ao contrário do que "se está a passar em muitas partes do mundo".

Sónia do Vale aponta, ainda que "os custos diretos estão a aumentar", com gastos superiores a 530 milhões de euros, em parte pelo aumento do número de diagnósticos e tratamentos.

"Porque os fármacos mais recentes também são mais dispendiosos e porque são muitas, muitas pessoas com diabetes, portanto, de facto, os custos com diabetes têm estado a aumentar de ano para ano e têm um peso grande nos gastos em saúde", explica.

"Nós temos que prevenir e, ao prevenir a diabetes, estamos a prevenir também a pressão arterial elevada, os enfartes, os AVC´s. Portanto, estar a prevenir a diabetes é prevenir isto tudo. E, no fundo, é um estilo de vida saudável. É prevenir a obesidade, ter uma alimentação saudável, evitar o tabaco, e a atividade física", defende, ainda.

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  • Joana Ribeiro
    14 nov, 2023 Porto 08:23
    A diabete de tipo 2 é reversível, simplesmente através da perda de peso. Escolhas alimentares simples revertem a diabetes tipo 2 muito rapidamente, apenas em meses. Não é preciso avançar por algo muito complicado; basta comer melhor. E comer melhor é frequentemente mais barato do que comer processado. Por favor, neste tipo de artigos, vão além da cópia do que a LUSA escreve. Podem salvar vidas. Pesquisem na Lancet e citem um das dezenas de artigos científicos que investigam o impacto directo das escolhas alimentares no controlo ou mitigação de doenças crónicas.

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