15 nov, 2023 - 19:41 • Lusa
A Frente Comum da administração pública anunciou esta quarta-feira um protesto, para terça-feira, frente à residência oficial do primeiro-ministro, com o objetivo de responsabilizar António Costa "pelas respostas que não vai dar" com o Orçamento do Estado para 2024.
O anúncio foi feito pelo coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas, à saída de uma reunião com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.
"Não estamos satisfeitos com o resultado desta reunião, o Governo mantém-se intransigente em relação à possibilidade de aumentar salários, mantém a proposta que tinha", disse o líder sindical.
Sobre o sistema de avaliação de desempenho, tema da reunião de hoje com o Governo, a Frente Comum considera que "a evolução que houve não foi significativa" uma vez que se mantêm as quotas para as avaliações mais elevadas e a necessidade de oito pontos para a mudança de posição remuneratória obrigatória, quando a Frente Comum propunha quatro pontos.
"Voltámos a mostrar ao Governo abertura para continuar as negociações que se entendam até ao Governo deixar de estar em funções", sublinhou Sebastião Santana.
O líder da Frente Comum referiu que o Orçamento do Estado "ainda não está votado em votação final global" e por isso "há tempo, espaço e meios para alterar" a proposta.
"É também neste sentido que a Frente Comum agendou uma concentração nacional de dirigentes, delegados e ativistas sindicais, dia 21, em frente à residência oficial do primeiro-ministro - e não nos enganámos na morada, é mesmo para responsabilizar o chefe do Governo com as respostas que não vai dar com a aprovação deste OE", disse.
A proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), já aprovada na generalidade, será votada em votação final global no dia 29 de novembro, estando prevista posteriormente a dissolução da Assembleia da República, na sequência de demissão apresentada pelo primeiro-ministro, António Costa.