16 nov, 2023 - 21:09 • João Pedro Quesado
Um grupo de algumas dezenas de estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Universidade Nova de Lisboa (UNL), expulsou esta quinta-feira uma comitiva do Chega durante um protesto pelo clima naquele local. O grupo incluía a deputada Rita Matias, que anunciou que vai apresentar queixa-crime por agressões.
O coletivo Greve Climática Estudantil iniciou, na segunda-feira, uma nova onda de ações de protesto, incluindo ocupações de escolas e universidades, para reivindicar o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025.
Ao mesmo tempo, a Juventude do Chega anunciou o início de mais uma ronda de visitas a universidades e escolas para "expor as mentiras da suposta crise climática".
Esta quinta-feira, os dois movimentos encontraram-se na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, onde um protesto da Greve Climática Estudantil, agendado para a hora de almoço, foi antecipado com a chegada de elementos do Chega ainda de manhã.
Nos vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ouvir os estudantes a gritar "Fim ao Fóssil! Fim aos Fachos!", "Fora!" e "25 de Abril, fascismo nunca mais!". A PSP acabou por ser chamada ao local.
De acordo com o Diário de Notícias, a deputada do Chega Rita Matias, que esteve presente na FCSH, vai apresentar queixa devido ao que alega terem sido agressões dos jovens estudantes.
Segundo a versão da deputada, os membros da Juventude do Chega foram cercados, agredidos com pontapés e empurrões e insultados pelos jovens.
Nas redes sociais, Rita Matias disse que a ação da Juventude do Chega "corria manifestamente bem, com novos militantes e boa adesão" até à chegada dos ativistas climáticos.
A nova onda de protestos da Greve Climática Estudantil já resultou na detenção de seis estudantes que estavam a tentar pernoitar nas instalações da FCSH. Já na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, foram detidas três estudantes que estavam a dar uma palestra sobre ação climática.