24 nov, 2023 - 18:09 • Lusa
O departamento de Saúde da Xunta da Galicia continua hoje a investigar a origem do surto de "legionella" que levou autoridades portuguesas e espanholas a colaborar para apurar se há relação entre os casos galegos e os de Caminha.
Em comunicado, o Departamento de Saúde da Xunta da Galiza diz que permanecem hoje três pessoas hospitalizadas (uma em cuidados intensivos) devido ao surto de "legionella" que afetou 10 pessoas nos concelhos de A Guarda e O Rosal.
"A direção geral de Saúde Pública continua a investigar a origem do surto, não se podendo ainda concluir qual a fonte de exposição" à bactéria, acrescenta.
Na segunda-feira, o departamento de Saúde da Galiza revelou estar a colaborar com Portugal na investigação dos casos de "legionella" naquela região espanhola e no concelho de Caminha, visando apurar se os 18 casos identificados estão relacionados.
No mesmo dia, a Câmara de Caminha revelou que o número de infetados por "legionella" no concelho subiu para oito, tratando-se do quinto doente residente na freguesia de Vila Praia de Âncora.
O primeiro doente de Caminha infetado com "legionella" foi notificado às autoridades de saúde no dia 10 de novembro e o sétimo na quarta-feira, dia 15.
Cinco dos infetados residem em Vila Praia de Âncora, dois em Moledo e um em Vilarelho, naquele concelho.
A Guarda fica em frente ao concelho de Caminha, onde um surto de "legionella" tornado público no dia 14 infetou oito pessoas. .
Os dois municípios estão separados por cerca de seis quilómetros e pelo rio Minho, não existindo uma ligação direta entre as duas margens.
A doença do legionário, provocada pela bactéria "Legionella pneumophila", contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.