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Cavaco. "Contas certas" é "armadilha do poder socialista para iludir os portugueses"

04 dez, 2023 - 04:45 • Lusa

Na opinião do ex-Presidente da República, as "contas certas" são "uma tentativa de esconder a incompetência e a baixa qualidade moral de alguns ministros".

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O ex-Presidente Cavaco Silva defende esta segunda-feira, num artigo de opinião, que a ideia de "contas certas" é uma tentativa "do poder socialista para iludir os portugueses" e esconder "a incompetência e a baixa qualidade moral de alguns ministros".

"É (...) normal que os cidadãos não especialistas na matéria tenham colhido a ideia de que 'contas certas' é um objetivo primordial da política orçamental. Tratou-se, no entanto, de uma armadilha do poder socialista para iludir os portugueses, em que caíram vários agentes do espaço político e mediático bem-intencionados", sustenta o também antigo primeiro-ministro, num artigo de opinião publicado no jornal Público.

Na opinião de Aníbal Cavaco Silva, as "contas certas" não foi somente "a armadilha que o Governo socialista montou para, com algum sucesso, desviar a atenção (...) dos graves problemas do país", mas também "uma tentativa de esconder a incompetência e a baixa qualidade moral de alguns ministros".

E pergunta: "Porque é que o Governo socialista, através do insistente discurso das 'contas certas' nos anos recentes, procurou passar a mensagem de que o saldo orçamental, positivo, equilibrado ou ligeiramente negativo, era o objetivo primordial da política orçamental, quando de facto não o é?".

Para o antigo governante, "o que o Governo pretendeu foi condicionar o debate orçamental e o comentário político, desviar as atenções e abafar as consequências negativas da sua política", dando exemplos do "desperdício dos dinheiros públicos, evidenciado pelo crescimento acentuado da despesa pública, enquanto se assiste à degradação da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos".

No artigo, o social-democrata argumenta que "o monstro da despesa pública atingiu uma tal grandeza e ineficiência que o seu controlo só será possível através da adoção de um orçamento de base zero, em que cada serviço público tem de justificar e fundamentar as verbas solicitadas para o novo ano, em lugar de tomar por base o Orçamento do ano anterior".

Cavaco Silva dá como exemplos "a degradação do Serviço Nacional de Saúde", a crise da habitação e da escola pública, "o sistema fiscal caótico, inequitativo, complexo, instável e não competitivo internacionalmente, (...) os baixos salários" e "o empobrecimento relativo do país".

"Espero que o Governo saído das eleições antecipadas coloque o saldo orçamental no seu devido lugar, adote uma atitude de transparência e rigor na gestão dos dinheiros públicos e perceba que o processo legislativo orçamental vigente é, ele próprio, fonte de desperdício e bastante prejudicial à eficácia da política orçamental na prossecução dos seus verdadeiros objetivos e proceda à sua reforma, aproveitando os estudos elaborados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República", sugere o ex-chefe de Estado (2006-2016).

Comentários
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  • António dos Santos
    04 dez, 2023 Coimbra 17:04
    Porque razão este gajo não cala a matraca?!!! Foi o pior ministro das finanças pós 25 de Abril e o pior primeiro ministro pós 25 de Abril!!! Os governos deles foram os mais corruptos, porque centenas de milhões de euros, da CEE, foram desviados pelos amigos do partido e outros (para comprar carros topo gama, grandes vivendas, com i9 di9nheiro que era para ser aplicado na agricultura). Já agora, teve a pior ministras das finanças, que para equilibrar as contas, vendeu todo o património possível, em vez de suster a sangria desenfreada de dinheiros mal aplicados. Esta incompetente chama-se Manuela Ferreira Leite e ainda se dá ao luxo de comentar o que os outros fazem. Não deve ter um espelho em casa (mas compreende-se com a cara que tem!!!). Há também o crime praticado no governo deste gajo, que foi o de homicídio contra o povo português, praticado pela Leonor Beleza. Que não chegou a julgamento por pressão infame sobre a justiça, que não teve força para praticar a Lei.
  • José J C Cruz Pinto
    04 dez, 2023 Ílhavo 12:46
    Já alguém alguma vez o ouviu ou leu justificar as suas opiniões económicas que não seja via expressões (explícitas ou implíctas) que se resumem a "eu é que sei"? E, mesmo que não fale nem escreva, é exactamente isso que se lê sempre na sua postura e expressão quando aparece em público. [Enquanto há vida há esperança: continuo à espera de o ver justamente reconhecido como oráculo da generalidade dos economistas.]
  • Joaquim Correto
    04 dez, 2023 Paços 09:38
    Sempre que este individuo fala, o PS ganha mais uns votos!
  • Americo
    04 dez, 2023 Leiria 09:20
    Bom dia. Ainda bem que há alguém que diz; O Rei Vai Nu. Fiquem descansados, a comunicação social dos 16 milhões se encarregará de "tratar" o asunto.

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