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Acidentes rodoviários e número de mortos aumentaram este ano

13 dez, 2023 - 00:05 • Marisa Gonçalves com Lusa

O Contam-se 442 mortos em mais de 123 acidentes.

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Mais de 123.000 acidentes rodoviários ocorreram nas estradas portuguesas este ano, provocando 442 mortos e 2.279 feridos graves, num aumento de todos os indicadores de sinistralidade em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados divulgados esta terça-feira.

Os dados provisórios, a que agência Lusa teve acesso, indicam que a PSP e a GNR registaram, entre 01 de janeiro e 11 de dezembro deste ano, 123.391 acidentes rodoviários, 442 vítimas mortais, 2.279 feridos graves e 38.548 feridos ligeiros.

Em comparação com o mesmo período de 2022, registaram mais 7.556 acidentes (6,5%), mais cinco mortos (1,1%), mais 147 feridos graves (6,8%) e mais 2.039 (5,5%).

No entanto e quando comparado com 2019, ano de referência para monitorização das metas fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030, todos os indicadores de sinistralidade rodoviária diminuíram este ano, à exceção dos feridos graves que aumentaram.

Segundo os dados provisórios, até 11 de dezembro os acidentes diminuíram 2,6% (menos 3.361), o número de mortos desceu 3% (menos 14) e os feridos ligeiros baixaram 5,8% (menos 2.408) em relação ao mesmo período do ano passado enquanto os feridos graves aumentaram 4,4% (mais 97).

O maior número de acidentes este ano ocorreu nos distritos de Lisboa, num total de 22.170, seguido do Porto (21.647), Braga (10.554), Aveiro (10.178), Setúbal (10.040) e Faro (9.306). Por sua vez, o distrito com menos acidentes foi Bragança, com 1.254.

Os dados mostram também que o Porto foi o distrito onde se registaram mais vítimas mortais, com 49, ocorrendo ainda 48 mortos em Setúbal, 43 em Lisboa, 34 em Braga e 32 em Faro.

Cidadãos automobilizados não estão surpreendidos

A subida dos dados relativos à sinistralidade não surpreende Manuel João Ramos, da Associação de de Cidadãos Automobilizados que aponta à Renascença o que diz ser a falta de uma política de educação rodoviária e de fiscalização.

"A grande omissão da fiscalização é, sobretudo, por causa dos radares. Não temos patrulhamento efetivo nas estradas", lamenta.

"Não temos inspeções nem auditorias de segurança rodoviária nas estradas que mais precisam. Temos um problema gravíssimo de sinalização", acrescenta.

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