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AHRESP admite subida de preços no Natal e Ano Novo

23 dez, 2023 - 01:00 • Marisa Gonçalves

Secretária-geral da associação diz que é "evidente que as empresas têm de ir acompanhando os aumentos de custos que têm". Defende reforço de mão de obra e menos carga fiscal

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A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares espera resultados positivos para o setor, nesta época de Natal e fim de ano.

Ana Jacinto, secretária-geral da associação, diz à Renascença que apesar de um recuo no poder de compra dos consumidores, continuam a decorrer reservas de última hora.

Neste quadro, a responsável admite uma subida de preços, como forma de o setor conseguir colmatar custos.

"Têm mesmo de ser feitos ajustes. No caso do Alojamento foi mais fácil porque não há dependência só do mercado interno, na generalidade dos casos. Já na Restauração, há muitas empresas que dependem só do mercado interno. Aí é mais complicado fazer ajustes no preço ao consumidor porque se o aumento é muito grande, deixa de haver clientes uma vez que o poder de compra está diminuído. Este equilíbrio é muito difícil de se fazer. É evidente que as empresas têm de ir acompanhando os aumentos de custos que têm", declara.

Ana Jacinto sublinha que a maioria dos associados da AHRESP são microempresas que têm mais dificuldade em realizar liquidez no negócio.

A secretária-geral da AHRESP refere também a importância de reforçar a mão de obra e apostar na qualificação, num setor onde há falta de trabalhadores.

"É absolutamente crucial que estas profissões possam ser valorizadas. A AHRESP já propôs uma campanha de valorização que o Turismo de Portugal e o Governo iniciaram, mas ainda não está implementada. Por outro lado, nós não temos trabalhadores no território suficientes, temos de recorrer necessariamente à imigração, de uma forma organizada, controlada e dar mais condições. Mas, o Estado tem de fazer a parte dele e enquanto tivermos uma carga fiscal brutal, a empresa tem um custo maior e o trabalhador continua a receber menos porque uma grande fatia vai para o Estado”, defende.

Ana Jacinto garante que a AHRESP vai continuar a bater-se por uma redução da carga fiscal.

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