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Provas de aferição. Filinto Lima desdramatiza maus resultados

26 dez, 2023 - 16:24 • Redação

Em declarações à Renascença, Filinto Lima lamenta que os resultados das provas de aferição surjam em janeiro e não no arranque do ano letivo, altura ideal para programar o ano de ensino..

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Os resultados dos alunos portugueses nas provas de aferição, avançados esta terça-feira pelo “Diário de Notícias”, não trouxeram boas notícias. Apenas a disciplina de Educação Física teve média positiva.

Em declarações à Renascença, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de diretores e Agrupamentos e Escolas Públicas, salienta que estas provas não contam para a classificação.

"Parecem-me ser resultados não muito positivos para os nossos alunos. Agora, queria advertir que estas provas são provas que não contam para a classificação dos nossos alunos", diz.

Alguns dos alunos portugueses não fazem estas provas e aqueles que sim "fazem de uma forma desmotivada, pouco empenhada". "Nesse sentido, pode ter dado em resultados menos positivos", explica.

Ainda assim, Filinto Lima admite que cada escola terá agora de adotar estratégias para ultrapassar estes dados.

"Escola a escola, turma a turma, aluno a aluno, em janeiro, irão trabalhar no sentido de produzir relatórios que de facto apontem estratégias para que essas aprendizagens possam ser realizadas", afirma.

Filinto Lima lamenta ainda que os resultados das provas de aferição surjam em janeiro e não no arranque do ano letivo em setembro, altura ideal para programar o ano de ensino.

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  • Maria Alves
    26 dez, 2023 Matosinhos 22:48
    As provas de aferição iniciadas em 2017, surgiram para fazer de conta que se faz avaliação externa dos alunos. Surgiram para tapar o buraco deixado pela abolição de exames. Contudo, não cumprem o objetivo porque: 1. Os resultados não são considerados na classificação final dos alunos, pelo que estes desleixam nas respostas. 2. Os enunciados avaliam maioritariamente a capacidade de replicar factos e processos simples, compartimentados e descontextualizados, irrelevantes para avaliar literacia (capacidade de fazer face aos problemas do quotidiano de vida com satisfação e eficiência), incluindo o pensamento complexo. 3. O formato digital foi um fracasso, como sempre se soube. Já que todos os dias nas escolas, a internet e as máquinas falham constantemente. A somar a isso, os pdfs, formato dos enunciados, não se adequam à análise das questões e dados apresentados. O vídeo da prova de Ciências de 8.º ano, não permitia revê-lo num momento preciso (sem cursor), obrigando a rever desde o início, sem possibilidade de paragem, de recuar ou avançar. "Desdramatizar" as provas de aferição é falar de forma muito suave, conivente com uma inutilidade que custa muito dinheiro (a geringonça devia divulgar quanto) aos contribuintes, que priva os alunos de muitas aulas, que gera indisciplina durante a prova e que não acrescenta nada às aprendizagens dos alunos. O professor eficaz não precisa de aferições. Diagnostica e resolve as falhas de aprendizagem enquanto ensina, nas aulas.
  • Mário Rodrigues
    26 dez, 2023 Leiria 17:04
    Será impressão minha, ou o sr. Filinto Lima está sempre a tentar diminuir a responsabilidade costista na tragédia educativa?

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