28 dez, 2023 - 12:10 • Liliana Monteiro , Olímpia Mairos
O chefe da equipa de urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, diz que muitos dos casos que estão a atender na urgência podiam ter tido seguimento para os cuidados primários se estes estivessem de portas abertas.
Em declarações às televisões, João Gouveia, refere que a maioria dos utentes já liga para a saúde 24 antes de se deslocar para o hospital.
“Nos dias anteriores, muitos dos doentes já vinham referenciados pelo pela Saúde 24. Infelizmente, muitos desses doentes teriam sido dirigidos para os cuidados de saúde primários se eles tivessem aberto”, diz João Gouveia.
De acordo com o médico, esta quinta-feira o maior hospital da capital nota menos afluência às urgências embora registe mais de 16 horas de espera para utentes com pulseira amarela.
“As coisas estão melhor, a afluência durante as últimas horas foi menor do que no dia anterior”, assinala, realçando que “ainda temos muitos doentes em espera”.
“O tempo de espera ainda é grande para os amarelos, que é o grande problema dos nossos doentes”, diz, adiantando que estão “134 doentes em circulação” e “32 doentes a aguardar internamento”.
O médico garante que “as equipas, neste momento, estão mais equilibradas, estão um bocadinho mais reforçadas do que estavam ontem”, esperando que assim continuem.
Segundo João Gouveia, os quadros gripais continuam a ser o grande motivo da ida à urgência.
“A gripe é uma das grandes causas da vinda das pessoas até aqui. Nós estamos num crescimento dos casos de gripe, um crescimento acelerado. Não estamos ainda propriamente num pico, mas estamos crescimento acelerado”, avisa, antecipando que esse pico poderá ocorrer “a partir da segunda semana de janeiro”.