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Transportes públicos

Greve a 2 e 4 de janeiro pode afetar 70% dos comboios

29 dez, 2023 - 18:50 • João Pedro Quesado com Lusa

Os controladores do tráfego ferroviário vão estar em greve nos dias 2 e 4 de janeiro, pedindo melhores salários. Os serviços mínimos não asseguram mais de 30% de todos os comboios - urbanos, regionais, Alfa Pendular e Intercidades.

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A greve dos controladores de tráfego ferroviário da Infraestruturas de Portugal (IP), marcada para os dias 2 e 4 de janeiro, pode afetar 70% dos comboios da CP e da Fertagus. Segundo os serviços mínimos estabelecidos pelo Tribunal Arbitral, a gestora da rede ferroviária apenas vai garantir um máximo de 30% das circulações quer nos comboios de longo curso e regionais, quer nos comboios urbanos de Lisboa e do Porto.

Segundo a IP, no dia 2 de janeiro apenas estão garantidos 25% dos serviços urbanos de Lisboa e do Porto, e de 30% das circulações de longo curso (Alfa Pendular e Intercidades) e regionais. No dia 4 de janeiro, está garantido 30% dos serviços urbanos de Lisboa e do Porto e 25% dos serviços de longo curso e regional.

O Tribunal Arbitral especificou os comboios da CP e da Fertagus que fazem parte dos serviços mínimos. No caso dos comboios urbanos, em Coimbra, Lisboa e no Porto, os serviços mínimos estão concentrados nas horas de ponta, ao início do dia e ao final da manhã.

Segundo a decisão do Tribunal Arbitral, está também assegurada a realização do comboio socorro, em caso de necessidade, assim como o transporte de combustível de aviação para abastecimento do aeroporto de Faro.

O Tribunal decretou ainda a circulação dos comboios de mercadorias para transporte de matérias perigosas.

Trabalhadores pedem melhor remuneração

A greve foi convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (APROFER). Os controladores do tráfego ferroviário queixam-se do incumprimento de um acordo com a Infraestruturas de Portugal para a regularização da profissão.

"Há 17 anos que novos postos de trabalho carecem de uma regularização do funcionamento e, portanto, nós trabalhamos nos moldes ainda da antiga CP", indicou Adriano Filipe à Lusa, salientando que o trabalho é "num posto altamente tecnológico, que concentra a circulação e manutenção toda do país inteiro".

"O que nós pedimos é uma diferença de remuneração em relação àquilo que se paga nas estações", indicou, salientando que estes cerca de 300 trabalhadores têm "o mesmo escalão remuneratório dos trabalhadores das estações".

Os controladores de tráfego ferroviário trabalham em três centros de gestão operacional da IP, em Lisboa, Porto e Setúbal. Os três Centros de Comando Operacional são responsáveis, respetivamente, por cerca de 1450, 650 e 145 comboios por dia.

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