04 jan, 2024 - 18:28 • Miguel Marques Ribeiro
A FENPROF voltou a afirmar, esta quinta-feira, que há cerca de 40 mil alunos sem professores a pelo menos uma disciplina.
Na quarta-feira, a federação dos professores tinha avançado esse número em conferência de imprensa, mas o ministério da Educação contrapôs que o valor seria muito inferior: apenas 1161 alunos continuavam sem ter os professores todos no início do segundo período.
Num comunicado, a FENPROF explica (“para que não restem dúvidas sobre os números”) que o levantamento que efetuou “tem por referência o número de horários que as escolas lançam na plataforma da DGAE para efeitos de contratação de escola”.
Com a pausa letiva, esse número terá caído pois, por indicação da própria tutela, “as escolas deixaram de lançar horários na plataforma, pois não faria sentido contratar docentes para um tempo em que as escolas estariam sem aulas”.
Ainda assim, segundo contas feitas pela federação sindical, “o número de horários lançados a contratação de escola na semana que terminou em 29 de dezembro (submetidos, apenas, nos dias 27, 28 e 29) foi de 139, correspondendo a 1686 horas, o que significa que, se houvesse aulas, seriam 8500 e não 1161 os alunos sem todos os professores”.
Deste modo, o arranque do novo ano será marcado pelo lançamento dos concursos que ficaram por realizar em dezembro.
A situação poderá agravar-se devido à “aposentação de 805 docentes só em dezembro e janeiro”, alertam os representantes dos professores.
Por fim, o comunicado apela à “valorização da profissão, de forma a torná-la atrativa para os que a abandonaram, para os que pensam abandoná-la e para os jovens que fazem as suas opções, após a conclusão do secundário”.