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“É prematuro falar num novo aumento do salário mínimo”, diz CCP

08 jan, 2024 - 11:55 • Ana Fernandes Silva , Olímpia Mairos

João Vieira Lopes avisa que “as empresas não podem aumentar salários, apenas baseado em decisões políticas e administrativas”.

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O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, considera que é prematuro falar num novo aumento do salário mínimo.

Na reação ao anúncio de Pedro Nuno Santos, no Congresso do PS, em que o líder do PS apontou à subida do salário mínimo para mil euros até 2028, caso vença as eleições a 10 de março, João Vieira Lopes, refere que falar em valores ainda é prematuro, antes é preciso ter em conta três fatores.

“Achamos que é prematuro qualquer discussão desse tipo”, diz, acrescentando que tudo: “depende da inflação, do crescimento da economia e do aumento da produtividade”.

“Não há milagres, ou seja, as empresas não podem aumentar salários, apenas baseado em decisões políticas e administrativas”, avisa.

“Cada vez mais o salário mínimo se aproxima do salário médio”

À Renascença, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal admite ainda que não simpatiza com o aumento gerais dos ordenados, porque cada vez mais o salário mínimo se aproxima do salário médio.

“Não simpatizamos com ideias de aumentos gerais de ordenados, sem ter precisamente em conta esses diversos fatores, porque o que tem acontecido, com alguma frequência, é que cada vez mais o salário mínimo se aproxima pelo salário médio”, declara, assinalando que “isso até acaba por prejudicar a contratação coletiva, em particular”.

“Como é que se diferenciam categorias, especialidades, qualificações?”, questiona.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, anunciou no discurso de encerramento do 24º Congresso socialista que quer que o salário mínimo seja de pelo menos mil euros em 2028.

“O governo atual havia definido como meta o aumento do salário mínimo nacional dos atuais 820 para 900 euros até 2026. Nós propomos que, no final da próxima legislatura, em 2028, o salário mínimo atinja, pelo menos, os 1000 euros”, disse aos congressistas.

“Neste âmbito, também deveremos rever o acordo de rendimentos recentemente negociado em concertação social, de modo a que ao aumento do salário mínimo possa estar associado o aumento dos salários médios”, acrescentou.

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