15 jan, 2024 - 18:51 • Redação
Um mês e meio depois da instalação da nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto (AMP), a UNIR, os utentes continuam a queixar-se dos problemas que persistem e que continuam a causar todos os dias muitos constrangimentos a quem precisa deste meio para se deslocar.
“Estou aqui com o frio que está e tenho que esperar que venha um autocarro para me levar para casa, porque não tenho outro meio de transporte.”, afirma irritada, uma passageira que espera há já algum tempo pelo autocarro certo.
Falta de informação e longos períodos de espera são as principais queixas dos utilizadores da linha, juntando-se a má organização e a falta de condições. Os passageiros afirmam que “desde que entrou essa nova organização, que tem sido um caos.”
A agravar ainda mais o problema está a substituição de grande parte dos motoristas que faz com que não conheçam os trajetos e andem até “a fazer as carreiras com GPS”.
“A gente pergunta uma coisa e outra, eles não conhecem”, afirma Manuela Macedo, enquanto aguarda pela sua linha.
Os utentes garantem não ter visto qualquer melhoria desde o dia 1 de dezembro, data em que começou a circular a rede de transportes na AMP. “As coisas não estão a melhorar, sinceramente, porque houve uma falta de informação muito grande desde o dia 1 de dezembro que foi quando realmente a UNIR tomou conta desta área toda, da AMP, e a pouca informação que trouxeram foi nula praticamente.”, declara Aníbal Fernando, um passageiro habituado a usar esta rede e a conviver com estes problemas.
Há ainda quem afirme que tudo está ainda pior do que antes. “Nunca vi melhora nenhuma. A gente dizia que íamos para melhor, mas não fomos, estamos muito piores.” São “uma série de situações” que incluem a falta de máquina de validação em muitos autocarros que faz com que “quem quiser, pelo menos de Santo Ovídio para aquelas zonas de Gaia, pode andar de graça.”
Estas são queixas dos utentes da UNIR, na semana em que a Câmara Municipal de Gaia começa uma série de 15 sessões de esclarecimento, em cada freguesia e união de freguesia, com o objetivo de recolher testemunhos da população e das instituições.