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Comissão interministerial define medidas para o Algarve em seca

17 jan, 2024 - 04:40 • Lusa

A 18.ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca decorre esta quarta-feira e será presidida pelos ministros do Ambiente e da Agricultura.

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A comissão que acompanha os efeitos da seca reúne-se, esta quarta-feira, em Faro com a presença do Governo, quando é esperado um plano para limitar o consumo de água no Algarve, que atravessa a maior seca desde que há registo.

A 18.ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca será presidida pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e pela ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, a partir das 14h30, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, em Faro.

Entre as propostas para contrariar a seca algarvia têm sido apresentadas a autarcas e outras associações da região soluções que passam pela redução de consumo de água na ordem dos 70% para o setor agrícola e 15% para os consumidores urbanos.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, reconheceu que a situação é grave e afirmou que o Governo está a ponderar reduzir a pressão, suspender segundos contadores e ainda penalizações para quem consuma mais água.

No caso do setor agrícola, Duarte Cordeiro destacou ser necessário assegurar a agricultura de sobrevivência através de uma redução das disponibilidades hídricas da albufeira de Odeleite em 70% e da do Funcho-Arade em 50%.

Pelo seu lado, a ministra da agricultura, Maria do Céu Antunes, já admitiu que, para minimizar a situação de seca, poderão ser reabilitados furos e recorrer-se a "pequenas dessalinizadoras móveis" na agricultura algarvia.

Estas medidas têm sido contestadas por associações de agricultores e produtores algarvios, assim como os regantes do sotavento do Algarve, que consideram os cortes de água previstos "incomportáveis", "desequilibrados" e "injustos".

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