24 jan, 2024 - 11:59 • Olímpia Mairos
A Câmara de Bragança exige ao Governo que apresente “soluções, concretas e objetivas, que permitam a manutenção da ligação aérea Bragança, Vila Real, Viseu, Tires, Portimão”.
O atual contrato de concessão termina a 28 de fevereiro e o Governo não abriu novo concurso.
A autarquia lembra que “a ligação aérea é fundamental para a coesão territorial e para o desenvolvimento socioeconómico das diferentes regiões”, considerando que “a subvenção pública da mesma um importante fator de discriminação positiva para a promoção da necessária coesão territorial e económica”.
Por isso, em reunião do executivo municipal aprovou uma tomada de posição, atribuindo a indefinição, no que toca à continuidade da ligação, à “falta de planeamento, sentido de responsabilidade, interesse ou até por desprezo do Governo, para com as populações das regiões que beneficiam desta ligação, em particular com a população do distrito de Bragança”.
“O território do Nordeste Transmontano tem vindo a ser sucessiva e negativamente discriminado, no que toca a acessibilidades, tal como aconteceu, recentemente, com a não inclusão, por parte do Governo, no mapa ferroviário da rede transeuropeia, da ligação de alta velocidade Porto-Madrid, via Trás-os-Montes”, lê-se no documento.
Justificando a necessidade de dar continuidade à ligação aérea, a autarquia diz que ao longo de 2023 foram transportados “cerca de 13 mil passageiros, o que representa uma taxa de ocupação de 75%, com uma tendência ascendente de procura, por parte dos utilizadores, demonstrando a importância crescente da referida ligação”.
A tomada de posição foi enviada a várias entidades, nomeadamente o Presidente da República, o primeiro-ministro, diversos ministros e secretários de Estado, líderes do PS e do PSD e autarcas da região transmontana.
A ligação aérea é feita pela Sevenair, desde 2009 e pode chegar ao fim no dia 28 de fevereiro, data em que termina o contrato de concessão.