24 jan, 2024 - 09:31 • Redação
Os casos de sarampo registados em Portugal não são motivo de alarme, garante o vice-presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública à Renascença.
“A mensagem em Portugal é de tranquilidade, porque na prática nós temos coberturas vacinais muito elevadas relativamente ao sarampo.”, afirma Bernardo Gomes.
Nas últimas horas, foi confirmado um novo caso de sarampo em Portugal, que afeta um homem de 54 anos. Para além deste caso, outros dois tinham já sido confirmados num bebé de 20 meses e uma criança de sete anos. Todos os casos são relativos a pessoas não vacinadas e não residentes no país.
Para o "vice" da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, não há necessidade alarme uma vez que Portugal é até “um exemplo de contraste”, com “coberturas muito elevadas, o que fazem com que dificilmente tenhamos cadeias de transmissão extensas.”
“Podemos ter alguns casos secundários, eventualmente pessoas que não estão vacinadas ou até mais fragilizadas do ponto de vista imunitário. Mas a mensagem é de tranquilidade e neste momento, as autoridades de saúde a todos os níveis têm controlado digamos, o aparecimento também de eventuais pessoas com sintomas suspeitos”, reforça Bernardo Gomes.
Nestas declarações à Renascença, o médico deixa ainda o apelo à vacinação contra o sarampo, nomeadamente a crianças, e relembra que “a vacina do sarampo é uma vacina segura e dá imunidade para a vida.”
O sarampo é uma das doenças mais infeciosas mais transmissíveis e que “provoca internamentos, sequelas e até mesmo mortes numa percentagem considerável de pessoas, nomeadamente crianças.”
Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2023 registaram-se, na Europa, 30 vezes mais casos de sarampo do que em 2022.