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Operação Pretoriano

Conteúdos nos telemóveis apreendidos dos Super Dragões suspendem interrogatórios

03 fev, 2024 - 15:13 • Lusa com Redação

As transcrições dos telemóveis de alguns dos 12 detidos da Operação Pretoriano foram juntas aos autos do processo.

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Fernando Madureira e Vítor Catão já não vão ser ouvidos, este sábado, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, no âmbito da Operação Pretoriano.

O juiz de instrução recebeu novos indícios de prova, de conteúdo extraído dos telemóveis apreendidos nas buscas da última quarta-feira, e que suspendem, para já, a audição, dos suspeitos detidos.

De acordo com o juiz, citado pelos jornalistas presentes junto ao Tribunal, estas mensagens podem incluir provas suficientes para sustentar os crimes de que estão indiciados.

O Tribunal pediu ao Ministério Público (MP) para tomar posição em relação a estes novos indícios.

O MP vai agora analisar essa informação e decidir se há matéria relevante para juntar ao processo, enquanto as diligências devem reiniciar-se de tarde com o depoimento de Vítor Oliveira, que chegou ao TIC por volta das 09h30, proveniente da esquadra da Bela Vista.

Seguem-se Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, que também tem pernoitado naquela esquadra do Porto, e Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, que chegará de Santo Tirso para o oitavo e último interrogatório.

Inicialmente, Fernando Madureira não tinha intenção de prestar declarações, mas viria a mudar de estratégia, mostrando-se disponível para ser ouvido em tribunal, numa sessão que estava originalmente agendada para a tarde de sexta-feira, mas transitou para hoje.

Na sexta-feira, foram ouvidos pelo juiz António Moreira de Sá, que acabou o depoimento iniciado na véspera, José Pereira, Vítor Aleixo e os dois funcionários do emblema "azul e branco" implicados na Operação Pretoriano, casos de Tiago Aguiar e de Fernando Saul.

Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e vice-presidente dos Super Dragões, permanecerá durante o dia em Santo Tirso, já que não pretende prestar declarações no primeiro interrogatório judicial no TIC, que visará a determinação de medidas de coação.

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.

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