05 fev, 2024 - 14:10 • Miguel Marques Ribeiro com Lusa
O Governo anunciou esta segunda-feira que vai autorizar a contratação de até 250 médicos especialistas para “reforço das unidades do Serviço Nacional de Saúde”.
O objetivo é permitir o ingresso na carreira médica de novos profissionais, com oferta de contratos de trabalho sem termo.
Os concursos deverão feitos nas próximas semanas, “até à abertura do procedimento concursal da época normal de avaliação final do internato médico de 2024, prevista para março”, esclarece o ministério da Saúde em comunicado.
As vagas disponíveis destinam-se a recém-especialistas que “não tenham sido colocados nos últimos concursos e a médicos mais experientes que pretendem ingressar no SNS” e não tenham constituído um vínculo prévio por tempo indeterminado.
O processo vai ser coordenado pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e “reforça a autonomia das instituições do SNS”.
No mesmo comunicado, o ministério de Saúde faz um balanço positivo da capacidade do SNS reter profissionais.
No ano passado o SNS obteve um ganho líquido “de mais 286 médicos em relação ao final de 2022, compensando o efeito das saídas por aposentação e por rescisão de contrato”.
Em dezembro, “encontravam-se em funções no SNS 31 307 médicos, entre médicos especialistas e internos”.
O ministério sublinha ainda a que “a taxa de retenção de médicos recém-especialistas que atingiu o valor mais alto dos últimos anos, com 90% dos médicos que terminaram o internato em 2023 a ingressar no SNS”.
No ano passado, completaram a formação na especialidade 1.485 médicos, 1.336 dos quais foram colocados nos hospitais e centros de saúde, incluindo 359 especialistas em Medicina Geral e Familiar, 10 em Saúde Pública e 1.116 das diversas especialidades hospitalares.
"Doze especialidades hospitalares apresentaram em 2023 uma taxa de retenção de recém-especialistas de 100%, designadamente Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia, Cardiologia Pediátrica, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Maxilo-Facial, Cirurgia Torácica, Genética Médica, Medicina Desportiva, Medicina Nuclear, Neurorradiologia e Ortopedia", refere o mesmo comunicado.