10 fev, 2024 - 08:15 • Fátima Casanova
A uma mês das eleições legislativas, os professores pedem aos partidos políticos para assumirem compromissos em defesa da escola pública.
Com esse objetivo, o movimento “Missão Escola Pública” promove este sábado, em Lisboa, uma sessão para divulgar o manifesto com as propostas que consideram fundamentais que entrem nos programas eleitorais, desde logo a recuperação total do tempo de serviço dos professores que esteve congelado.
Em declarações à Renascença, Cristina Mota, porta-voz da “Missão Escola Pública”, reconhece que este é um assunto que os partidos políticos têm na agenda, mas sem precisarem como e quando poderá ser feito.
“É apontada na grande maioria dos programas eleitorais, no entanto, sempre com pontos de fuga, no que diz respeito ao orçamento, no que diz respeito ao valor que está em causa ou relativamente ao tempo em que o tempo de serviço vai ser recuperado. Poderá ser devolvido de forma faseada, mas numa só legislatura. Verificamos que à direita esse ponto está referido, mas em cinco anos. À esquerda nem sequer nos indicam o tempo para a recuperação do tempo do serviço congelado”, refere.
Esta é a questão que está no topo do manifesto de seis páginas, que inclui propostas que passam pela necessidade de captar recursos humanos para as escolas, entre professores e pessoal não docente.
A valorização salarial, a integração de todos os professores na Caixa Geral de Aposentações e a criação de um sistema de medicina no trabalho, são outras das reivindicações.
Cristina Mota defende que os responsáveis políticos têm de assumir compromissos e, por isso, querem ver por escrito aquilo que andam a prometer.
“Colocar por escrito, muitas das medidas que têm indicado, mas que nós, por enquanto, entendemos que são cartas de boas intenções. Nós precisamos de compromissos. Queremos colocar por escrito essas intenções e depois passem à prática a partir do dia 10 de março”, dia de eleições legislativas, sublinha.
O movimento “Missão Escola Pública” reúne este sábado à tarde, em Lisboa, políticos, pais, professores e diretores escolares para lançar o manifesto pela escola pública.