12 fev, 2024 - 16:12 • Redação
Afinal, o trabalhador que ficou esta tarde soterrado na mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde (distrito de Beja), não morreu no local, como várias fontes chegaram à confirmar. Ao que a Renascença apurou, o homem de 42 anos apresentava sinais vitais quando as equipas de resgate chegaram junto dele, já depois das 19h00. O homem estava encarcerado dentro da cabine da máquina que estava a operar no momento da derrocada e as tentativas para libertá-lo terminaram pelas 21h, com a morte a ser declarada pouco depois.
A empresa Somincor, concessionária do complexo mineiro, informou do óbito em comunicado, "como consequência de uma queda de terreno isolada, enquanto operava um equipamento no fundo da Mina de Neves-Corvo".
A Somincor revelou que está a ser desenvolvida "uma investigação às causas do incidente" e que a empresa está "a colaborar com as entidades competentes" e indicou que "decidiu voluntariamente suspender as atividades" no complexo mineiro "até indicação contrária".
Às 17h00, o comandante da corporação de Bombeiros Voluntários de Castro Verde, Joaquim Martins, dizia que os trabalhos de resgate ainda estavam em curso. "Sabemos que houve um acidente no fundo da mina", a cerca de "mil metros" de profundidade "e que está uma pessoa soterrada, mas não lhe sei dizer mais que isto", afirmou. A Renascença confirmou esta informação junto da Comando Sub-Regional do Baixo Alentejo.
Para o local foram mobilizados elementos dos bombeiros de Castro Verde e militares da GNR, assim como o helicóptero do INEM estacionado no Algarve, além de uma equipa de três inspetores da Autoridade para as Condições do Trabalho, para proceder às necessárias averiguações.