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Reunião entre MAI e sindicatos da PSP cancelada. "Pedido um pouco estranho", dizem polícias

14 fev, 2024 - 09:22 • Alexandre Abrantes Neves , Ana Fernandes Silva

Reunião convocada pelo Governo servia para debater a alteração à portaria sobre serviços remunerados. Sindicatos atiram que a intenção da reunião era de tentar desmobilizar os protestos marcados para esta quinta-feira em todos os aeroportos nacionais.

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A reunião entre Ministério da Administração Interna (MAI) e os sindicatos da PSP não vai acontecer, depois da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) ter anunciado que não iria comparecer, avançou à Renascença o gabinete do ministro José Luís Carneiro.

O objetivo da reunião, que estava marcada para as 14h30, seria discutir o regime de serviços remunerados das forças de segurança.

À Renascença, o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP-PSP), Paulo Macedo, relembrou que no verão do ano passado existiu consenso sobre a matéria e que o Governo acabou a não aprovar o diploma, considerando que a intenção da reunião era de tentar desmobilizar os protestos marcados para esta quinta-feira em todos os aeroportos nacionais.

"Temos mais que fazer que andar a conversar sobre coisas que já sabemos qual é o resultado e já estipulámos anteriormente. Parece-nos um pouco estranho este pedido de reunião, até porque indicam um dia que antecede uma iniciativa que temos", afirmou o responsável sindical.

Já o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), que anunciou que não iria comparecer na reunião com o MAI realçou que não vão "patrocinar o debate de um problema que não é estrutural" e acusa o Governo de querer passar a "ideia de que está a resolver mais uma questão".

"Os serviços remunerados apenas abrangem alguns polícias e entendemos que neste momento o Governo fazer esta negociação é, uma vez mais, a dar uma perspetiva que está a resolver os assuntos sem estar", sublinha à Renascença Paulo Santos, acrescentando que "o Governo conhece bem qual a posição da ASPP relativamente a esta matéria".

"Não queremos ser parte da solução que coloque os polícias a trabalhar mais horas e reféns muitas vezes dos privados para poder resolver problemas da policia", realça.

[notícia atualizada às 14h11]

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