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Combate à pobreza deve ser “prioridade nas agendas políticas”, diz EAPN Portugal

16 fev, 2024 - 12:10 • Olímpia Mairos

Rede Europeia Anti-Pobreza realiza encontro com os partidos políticos, no dia 22 de fevereiro, para debater a luta contra a pobreza e os compromissos assumidos neste âmbito.

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A EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza quer que o combate à pobreza seja um desígnio nacional e neste sentido vai promover um encontro com os partidos políticos que concorrem nas próximas eleições legislativas.

A iniciativa visa debater a luta contra a pobreza e os compromissos assumidos pelos partidos neste âmbito e tem lugar no dia 22 de fevereiro, a partir das 14h30, em Lisboa.

“Consideramos que é fundamental conhecer as propostas dos partidos e refletir em conjunto com outras organizações da sociedade civil nas respostas que devem ser implementadas para a melhoria das condições de vida das pessoas e para a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa”, lê-se no comunicado enviado à Renascença.

Segundo a EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza, “em Portugal, em 2024, existem mais de 1.7 milhões de pessoas que vivem com menos de 591 euros por mês”.

É por estas pessoas que a ONG defende que “a luta contra a pobreza e o reforço dos direitos sociais devem ser prioridades políticas”.

A pobreza tem múltiplas causas e ao longo dos anos Portugal não tem conseguido atacar essas causas”, alerta a organização, advertindo que isto dá origem, “por um lado, a variações pouco significativas nos números da pobreza” e, por outro lado, “que em períodos de crise económica e social assistamos a uma maior fragilidade das pessoas”.

A EAPN Portugal reitera, assim, a urgência de se definirem e implementarem respostas estruturais que visem combater eficazmente a pobreza e promover o desenvolvimento integral das pessoas.

A organização não-governamental define várias prioridades que considera urgente serem tidas em conta não só nestas eleições legislativas, mas também na próxima legislatura. Entre elas, destaca-se a necessidade de “um compromisso político e social que favoreça a equidade e a coesão social” e a promoção e reforço dos direitos sociais.

“A participação é uma das condições fundamentais para o sucesso do combate à pobreza e para a concretização do princípio da subsidiariedade” e “o combate à pobreza concretiza-se nos territórios e com base nas especificidades dos mesmos”, aponta.

Já o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira, lamenta que a pobreza tenha estado ausente dos debates eleitorais e apela para que este seja “um tema prioritário e reconhecida a importância de estar nas agendas políticas”.

O apelo e as propostas da EAPN Portugal já foram enviados a todos os partidos com assento parlamentar e a organização já foi recebida desde janeiro, em audiência, por alguns partidos políticos para abordar as temáticas da pobreza e exclusão social.

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  • Anastácio Lopes
    16 fev, 2024 Lisboa 13:17
    Onde andou até hoje a EAPN Portugal / Rede Europeia Anti Pobreza? Há quantos anos a sociedade em geral e quem trabalha em particular estão ano após ano a sermos empurrados para as pobreza e miséria? Se há cidadãos que são pobres economicamente, outros há que também o são socialmente, e se assim é, para quando algo de sério responsável e humano assumirmos em termos práticos para que as instituições de solidariedade social em geral e o Estado em particular, algo de responsável assumam para minorar as consequências do preço da solidão, que a exemplo da pobreza económica, deveria merecer o mesmo tipo de prioridade pela sociedade, pelos políticos e por que na EAPN Portugal / Rede Europeia Anti Pobreza, só agora se lembrou de fazer esta reivindicação. De muito pouco adianta a um pobre economicamente, se a essa pobreza juntarmos a solidão, muitas vezes a dependência de terceiros para muitas das coisas que o ser humano necessita, mas que por incapacidade, falta de família que com eles se preocupem, ou simplesmente por falta de gosto pela vida implica uma morte lente por falta de respostas da sociedade e do Estado, em particular da Segurança Social a estes vergonhas nacionais que mais não são do que a imagem de marca do que os políticos nunca se preocuparam para algo fazerem.

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