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MNE convoca embaixador da Rússia em Lisboa

20 fev, 2024 - 18:28 • Ricardo Vieira

Diplomacia portuguesa pede explicações sobre a morte do opositor russo Alexei Navalny, numa prisão da Sibéria.

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Embaixador da Rússia em Lisboa, Mikhail L. Kamynin, foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, convocou o embaixador russo na sequência da morte do dissidente Alexei Navalny.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o Embaixador da Federação Russa em Lisboa para prestar esclarecimentos no seguimento da morte de Alexei Navalny, um dos principais opositores políticos do regime de Vladimir Putin", refere o gabinete do ministro João Gomes Cravinho, em comunicado enviado à Renascença.

Alexei Navalny, principal rosto da oposição ao Presidente russo, Vladimir Putin, morreu na passada sexta-feira, 16 de fevereiro, numa prisão da Sibéria. As causas das morte do dissidente russo de 47 anos ainda não são conhecidas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros comparou a morte de Navalny à do general Humberto Delgado, durante o Estado Novo, indicando que a União Europeia (UE) aguarda informação sobre as causas para avançar com sanções.

"Não temos dúvidas nenhumas que Navalny morre porque o regime que Putin criou levou à sua morte, da mesma maneira que Humberto Delgado morre por causa do regime liderado por Salazar em Portugal", declarou João Gomes Cravinho.

Já o embaixador da Rússia em Lisboa criticou a "politização" da morte de Navalny pela comunicação social portuguesa. "Antes de informação completa sobre as circunstâncias da morte de Alexei Navalny aparecer, o espaço mediático local encheu-se de sentenças condenatórias contra o nosso Estado", destacou o diplomata Mikhail Kamynin, citado numa nota publicada no canal da embaixada na rede social Telegram.
"A cobertura tendenciosa desta notícia está em plena sintonia com a retórica hostil dos "media" portugueses que durante os últimos dois anos têm impingido ativamente ao seu público uma imagem "demoníaca" da Rússia", acusou.

"Não vale a pena politizar a morte duma pessoa", disse ainda Mikhail Kamynin.

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