21 fev, 2024 - 06:52 • Marisa Gonçalves , João Malheiro
O porta-voz da plataforma que junta os sindicatos da PSP e associações da GNR admite que houve um "desvio" daquilo que é o direito à manifestação, por parte dos polícias que se manifestaram no Capitólio, antes e durante o debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.
À Renascença, Bruno Pereira rejeita, contudo, a ideia de que as forças de segurança criaram um ambiente de coação e sequestro.
"Foi um movimento espontâneo que viralizou e que levou a que as pessoas quisessem prolongar o seu protesto e projetar a sua voz ativa de descontentamento junto do Capitólio. Daqui a retirarmos que isto corresponde a um ato de coação parece-me exorbitado e completamente desproporcional", refere.
O representante defende que a manifestação foi ordeira e não houve falta de controlo dos associados por parte da plataforma de sindicatos.
Sobre a abertura de um inquérito por parte da Direção Nacional da PSP para apurar as circunstâncias em que decorreu o desfile e concentração junto ao Capitólio e a consequente comunicação ao Ministério Público, Bruno Pereira diz que é preciso aguardar pela investigação. No entanto, não espera grandes consequências.
O porta-voz diz que os polícias vão saber respeitar as instituições, mas que também esperam ser respeitados.
Apesar destes acontecimentos, a plataforma que junta os sindicatos da PSP e associações da GNR não acredita que as negociações com a tutela tenham sido postas em causa.
Bruno Pereira esclarece que os polícias vão "abrandar" das iniciativas mais veementes e presenciais para "dar tempo à Democracia e ao debate político".
O encontro nacional de forças de segurança que estava agendado para o dia 2 de março foi assim adiado para uma data após as eleições.