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Exclusivo Renascença

Gouveia e Melo. "Seria completamente inaceitável um protesto de rua dos militares"

23 fev, 2024 - 11:25 • Pedro Mesquita

"Os militares não protestam na rua". Chefe do Estado Maior da Armada sublinha, em entrevista à Renascença, que "é contra o próprio regime democrático". "Não devem ser feitas nem permitidas, porque os militares são o último refúgio da estabilidade do país", diz.

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Gouveia e Melo. "Seria completamente inaceitável um protesto de rua dos militares"

Confrontado pela Renascença com a possibilidade admitida ao Expresso, pelas associações que representam as Forças Armadas, de eventuais protestos de rua dos militares - se o Governo aumentar os subsídios de risco da PSP e da GNR, e esquecer as Forças Armadas - o almirante Gouveia e Melo avisa que essas manifestações "não devem ser feitas, nem permitidas, porque os militares são o último refúgio da estabilidade do país e, portanto, são inadmissíveis".

Nestas declarações à Renascença, Gouveia e Melo é particularmente claro: opõe-se "veementemente" a esse tipo de ações que, na sua leitura, são "contra o próprio regime democrático".

Segundo o almirante, "as manifestações de rua [de militares], ou outro género de manifestações, criam instabilidade". "Não devem ser feitas nem permitidas, porque os militares são o último refúgio da estabilidade do país", diz.

Questionado sobre a justiça, ou não, da reivindicação dos militares - independentemente da existência de protestos - Gouveia e Melo sublinha que "as reivindicações que os militares tenham, ou deixem de ter, são tratadas através do nível hierárquico, nos fóruns apropriados que a democracia tem".

Sem resposta ficou, contudo uma pergunta: Será este um sinal de radicalização, ou de populismo, no interior das Forças Armadas?

"Isso eu já não quero comentar", sublinha o almirante. E acrescenta, de imediato: "O que lhe quero dizer é que as Forças Armadas são o último esteio da Nação. Como tal, não devem fazer nenhuma ação que comprometa não só a democracia como a estabilidade do país. E, portanto, nós - militares - não devemos ir para a rua...não faz parte da nossa missão, da nossa ética e da forma como nos devemos comportar em democracia".

[Notícia atualizada às 12h32 de 23 de fevereiro de 2024]

Comentários
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  • Luiz
    24 fev, 2024 SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROS 09:45
    Alguém com coragem que de a cara e assuma, ainda não vi nenhum dos comandantes da GNR ou PSP , demarcar-se da Ventrulhada, que mina aquelas instituições.
  • Maria
    23 fev, 2024 Palmela 15:04
    No tempo do passos coelho" as manifestacoes dos policia foram dentro de casa?

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