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Ministro da Educação pede ponderação quando se apela ao fim do 2.º ciclo

27 fev, 2024 - 15:52 • Carla Fino

João Costa defende avaliação "séria e de fundo" sobre as recomendações do Conselho Nacional de Educação

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Mais do que executar as recomendações, é preciso fazer uma avaliação séria das consequências que podem trazer para o ensino. É a reação do Ministro da Educação João Costa ao Estado da Educação 2022, divulgado esta terça-feira pelo Conselho Nacional de Educação. O governante considera que o documento é o ponto e partida para se trabalhar numa "avaliação séria, mas que não pode ser uma avaliação simplista, de apenas dizer se deve haver, ou não deve existir". Ainda assim, refere João Costa, "o relatório passa uma mensagem que é muito importante reiterar: vale a pena estudar em Portugal".

Sobre a organização dos ciclos no ensino básico, em que o Conselho Nacional de Educação defende o fim do 2º ciclo, para evitar transições significativas para os alunos, João Costa é prudente: "É preciso uma avaliação séria para não cairmos em enunciados simplistas: isto deve acabar, ou deve ser um ano em monodocência e outro ano agregado ao 3.º ciclo? Isso é só dizer, sem se avaliar exatamente as possíveis consequências e o que está associado em termos de processo de ensino e aprendizagem às opções que se vierem a tomar".

Já quanto ao aumento de reprovações de alunos do 3º ciclo do Básico e também do ensino secundário, o ministro da Educação garante a continuidade do processo de recuperação de aprendizagens - plano que nasceu na sequência da pandemia: "Tem de continuar, na medida em que continuaremos a ter alunos, sobretudo aqueles que estiveram no 1º e 2º ciclos durante os anos da pandemia, em que as consequências daqueles dois anos vão continuar" a sentir-se.
João Costa defende, por isso, a continuidade do plano e que "deve ser muito centrado na identificação, no diagnóstico das dificuldades destes alunos".
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