07 mar, 2024 - 11:20 • Olímpia Mairos
Os problemas na faturação, a contratação de serviços e a assistência técnica dominaram as reclamações de comunicações eletrónicas em 2023.
Segundo a Anacom, no top de assuntos mais reclamados neste período estão ainda as “falhas nos serviços e o cancelamento do serviço”. Já as queixas que mais aumentaram foram as motivadas pelo aumento do preço do serviço.
No total, em 2023, a Anacnom "recebeu cerca de 107,1 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos cerca de 3 mil reclamações (-2%) do que em 2022".
"Destas, 69,8 mil reclamações, 65% do total, respeitam a comunicações eletrónicas, menos 4% face a 2022; e 37,3 mil reclamações (35% do total) têm por objeto o sector postal", indica em comunicado.
De acordo com os dados divulgadas pela Autoridade Nacional de Comunicações, nas telecomunicações, a faturação de serviços foi o assunto mais reclamado, com 19,1% das reclamações.
“A Vodafone foi responsável por 41% das reclamações relacionadas com os valores faturados. A contratação de serviços foi o segundo assunto mais reclamado, com destaque para a NOS e a Vodafone, que foram responsáveis, cada uma, por 37% das reclamações. Destaque, ainda, para assistência técnica que motivou 13,1% das reclamações, com a MEO a ser alvo de 35% das reclamações sobre este assunto”, lê-se no documento.
“A demora ou ligação inicial deficiente de serviços fixos foi o segundo motivo de reclamação que mais aumentou no período em análise e continua a ser o assunto mais reclamado pelos utilizadores de serviços, presente em 17% das reclamações do sector”, indica a Anacom.
Por outro lado, a cobrança de penalização por cancelamento antecipado no caso de alterações de circunstâncias do reclamante foi o motivo que mais diminuiu em 2023.
No setor postal, foram registadas 37,3 mil reclamações, número que, segundo a Anacom, está em linha com o registado em 2022. Os CTT foram responsáveis por 30,5 mil reclamações, cerca de 82% do total, mas registaram uma diminuição das reclamações de 4% face a 2022.